Geoestatística e imagens orbitais para caracterizar a distribuição espacial e danos de larvas de melolontídeos em cereais de inverno
Resumo
Este trabalho teve por objetivo analisar a distribuição espacial e a utilização de imagens orbitais na identificação de danos de corós. Será apresentado em dois capítulos; no capítulo um, apresenta-se a caracterização geoestatística da distribuição espacial de larvas de melolontídeos e o capítulo dois descreve o uso de imagens orbitais na identificação dos danos de larvas de melolontídeos. Para isso foram feitos estudos no ano de 2009, em São Francisco de Assis, Cruz Alta, Ijuí, Lagoa Vermelha, Vacaria e Tapejara, RS. O perímetro das áreas foram demarcados com GPS de navegação, com interface para computador-de-mão, utilizou-se o programa computacional CR-Campeiro para confeccionar
os grides de amostragem, a partir da abertura de uma trincheira por ponto do gride e com a contagem das
larvas encontradas, foi estimada a densidade populacional, a análise da variabilidade espacial foi feita com semivariogramas, os mapas foram gerados com o programa computacional ArcGis 9.3, e a dependência espacial estimada pela classificação de Cambardella et al. (1994). A imagem de satélite é oriunda do satélite ALOS, do qual selecionou-se uma cena do sensor PRISM, com resolução espacial de
2,5 m, esta possui dimensão de 35 x 70 km, a classificação da imagem orbital e do mapa da distribuição espacial de corós foi efetuada no programa computacional ENVI; para tal foi utilizada a classificação não supervisionada, pelo algoritmo K-means, para avaliar a exatidão da classificação, esta foi relacionada com a verdade de campo (larvas m-²). Os modelos ajustados são diferentes para as espécies e áreas; a
distribuição espacial das larvas de melolontídeos apresenta dependência espacial em todas as áreas; os
semivariogramas indicam que as espécies de corós apresentam comportamento de variabilidade espacial
diferenciado; os grides amostrais e a técnica de amostragem podem ser utilizados para caracterizar a distribuição espacial de corós; o mapa da distribuição espacial de larvas de melolontídeos demonstrou o comportamento agregado dessas espécies; as larvas de melolontídeos influenciaram na resposta
espectral da cultura; o coeficiente Kappa é considerado bom; a imagem ALOS permite identificar os danos de larvas de melolontídeos.