Avaliação da eficiência operacional na operação de colheita mecanizada em lavouras de arroz irrigado
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da operação de colheita mecanizada
em lavouras de arroz irrigado, localizadas na região da Depressão Central do Rio
Grande do Sul. Como objetivos específicos, o trabalho buscou determinar e avaliar
as eficiências de campo, de tempo, de trajeto e da barra de corte; verificar se existe
diferença entre as duas modalidades de sistematização para as variáveis estudadas;
comparar a eficiência de campo encontrada com a estabelecida pela ASAE D497.4
(2009b); Avaliar influência da geometria das lavouras sistematizadas com
nivelamento da superfície do solo em nível sobre a eficiência de campo;elencar as
variáveis que possuem maior correlação com a redução e o aumento das eficiências
e indicar medidas que possam otimizar as eficiências avaliadas. Na safra 2008/2009,
forram avaliadas 19 operações, divididas em 6 propriedades, A, B, C, D, E, e F
sendo que 15 lavouras eram sistematizadas com nivelamento da superfície do solo
em nível e 4 sistematizadas com nivelamento da superfície do solo em desnível. Os
dados das operações foram coletados de forma manual, através do uso de
caderneta de campo e cronômetro, e com um receptor de sinal de GPS (Global
Positioning System), marca Garmin®, modelo GPSMAP® 60CSX. Para auxiliar na
análise e calcular as eficiências, foram determinadas as seguintes variáveis: área e
relação comprimento/largura (F/W) das lavouras, deslocamento médio, distância
percorrida/manora (DP/M) e tempos envolvidos na operação. A eficiência de campo
foi calculada através da metodologia utilizada por Grisso et al. (2002), e encontrouse
um valor médio de 65,2%, localizado dentro da variação proposta pela ASABE
D497.4 (2009b), a eficiência de tempo foi determinada com base no conceito de
Hunt (2001), determinou-se um valor médio de 75,7%, para a eficiência de trajeto,
seguiu-se a metodologia de Perin (2008) e observou-se um valor médio de 72,0% e
para o cálculo da eficiência da barra, realizado pela equação proposta por Taylor et
al. (2001), encontrou-se valor médio de 86,5%. Não houve diferença significativa, em
nível de 5% de probabilidade de erro, entre as duas modalidades de sistematização.
Os tempos gastos em manobras e descargas foram os fatores que mais
influenciaram na eficiência de campo e de tempo. As eficiências de trajeto e da barra
de corte tiveram alta correlação entre elas e com as variáveis relação
comprimento/largura da lavoura e relação distância percorrida/manobra. Realizar as
descargas com a colhedora em operação e evitar efetuar manobras nos vértices das
lavouras, mesmo que se perca em eficiência da barra de corte, podem otimizar a
eficiência de campo.