Distribuição longitudinal de sementes de milho e soja em função do tubo condutor, mecanismo dosador e densidade de semeadura
Resumo
A competitividade do setor agrícola faz com que os produtores busquem máquinas que desempenhem operações de uma forma mais precisa possível. Algumas culturas possuem grande sensibilidade à variação populacional e também ao arranjo dos espaçamentos entre as sementes na linha de semeadura. Dessa forma, o desempenho dos mecanismos de distribuição de sementes deve proporcionar o maior número possível de espaçamentos aceitáveis, o que irá contribuir para que a cultura alcance os níveis satisfatórios de produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tipo de tubo condutor de sementes, combinados com um dosador de disco alveolado horizontal e um pneumático variando-se a densidade de semeadura e consequentemente a velocidade periférica dos discos dosadores de sementes. O experimento foi conduzido em laboratório obedecendo às normas ISO, ABNT e o Projeto de Norma da ABNT. Os tratamentos consistem na combinação de dois dosadores com seis tubos condutores, alterando a velocidade periférica do disco dosador para que fossem obtidas densidades de 250.000, 300.000, 350.000 e 400.000 sementes ha-1 para soja e 60.000, 70.000, 80.000 e 90.000 sementes ha-1 para milho, organizados em esquema fatorial com quatro repetições para cada cultura. Os tubos condutores foram selecionados quanto a sua angulação e diâmetro de entrada e saída das sementes, comprimento e formato, avaliando a influência pelo modo de liberação das sementes (natural ou forçada). Ao aumentar a densidade de sementes ha-1 houve redução do percentual de espaçamentos aceitáveis, este efeito foi mais acentuado para as sementes de soja e quando utilizados tubos condutores com pequeno diâmetro e perfil reto. Para as sementes de milho os tubos condutores também causaram redução na regularidade de distribuição longitudinal, porém com menor intensidade quando comparada as sementes de soja.