Desenvolvimento e estresse hídrico em mudas de Eucalyptus grandis (Hill ex Maiden) e Eucalyptus saligna (Smith)
Resumo
Os fatores abióticos que mais afetam o crescimento e o desenvolvimento das plantas são a temperatura do ar e a água no solo. Esse trabalho teve dois objetivos. O primeiro, foi avaliar e comparar dois modelos para a estimativa do número de folhas acumuladas na haste principal (NF) em mudas de Eucalyptus grandis (Hill ex Maiden) e Eucalyptus saligna (Smith). O segundo, foi quantificar a influência do
déficit hídrico no solo sobre a transpiração e sobre alguns parâmetros de crescimento (altura de planta e diâmetro de caule) e desenvolvimento (NF) na fase de muda destas duas espécies de eucalipto. Para atingir estes objetivos foram
instalados dois experimentos na área experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, RS (Santa Maria, RS). Um experimento foi conduzido a campo com nove épocas de semeadura e o outro foi conduzido em casa de vegetação com duas épocas de semeadura. No primeiro experimento, o modelo de Wang & Engel estimou melhor o NF que o modelo do Filocrono, com
valor da raiz do quadrado médio do erro (RQME) de 2,7 e 3,7 folhas comparado com o RQME de 7,1 e 10 folhas para Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna, respectivamente. No segundo experimento, a água no solo foi representada pela
fração de água transpirável no solo (FATS) e o valor de FATS em que ocorreu o início do fechamento estomático foi 0,9 (CV2) ou 0,7 (CV1) para Eucalyptus grandis e 0,7 para Eucalyptus saligna, valor superior a muitas culturas anuais e algumas espécies perenes. As variáveis de crescimento e desenvolvimento foram afetadas logo no início da aplicação da deficiência hídrica em FATS, porém os sintomas da
deficiência hídrica demoraram para aparecer levando em consideração os dias do calendário civil.