Desempenho térmico em edifícios de escritório na região central do Rio Grande do Sul
Fecha
2007-01-19Metadatos
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Este trabalho visa ao diagnóstico do desempenho térmico de edifícios de escritório, pois estes contribuem com uma parcela significativa do consumo de energia do país. Pesquisas revelam que 40 % do consumo final de energia elétrica em edifícios de escritórios estão ligados aos sistemas de condicionamento climático. Dentro deste contexto observa-se ainda a inexistência de diretrizes projetivas que estabeleçam padrões mínimos de desempenho termo-energéticas frente às
condições climáticas regionais, sobretudo pela amplitude térmica verificada ao longo do ano. Assim, o presente trabalho objetiva diagnosticar e comparar a situação atual
de desempenho térmico de diferentes tipologias de edifícios de escritório localizados em seis cidades pertencentes à região central do Rio Grande do Sul, estando às mesmas inseridas na zona bioclimática dois do Brasil. Para tal análise foi realizado um levantamento dos edifícios de escritório existentes, com no mínimo cinco pavimentos, nas cidades de Cruz Alta, Ijuí, Lajeado, Santa Cruz do Sul, Santa Maria
e Venâncio Aires. Foram selecionados uma amostra de 36 edifícios. Em seguida foram analisados os projetos arquitetônicos e os dados construtivos, sendo os prédios agrupados em cinco tipologias, de acordo com os critérios de número de pavimentos, relação largura/profundidade do prédio e relação área dos fechamentos transparentes/opacos. Para cada tipologia foi selecionado um prédio representativo, para o qual foi feito um maior detalhamento do sistema construtivo e registrados dados de temperatura interna e externa durante um período de treze dias no inverno e verão. Foi avaliado o desempenho térmico dos edifícios de acordo com a sua
capacidade de amortecimento da onda térmica externa, associada à sua inércia térmica, área de aberturas e padrão de uso dos espaços internos. Observou-se a grande influência da radiação solar nos resultados obtidos, evidenciada
principalmente pela influência no comportamento térmico dos edifícios da orientação das salas monitoradas, da área de aberturas, do tipo de vidro e da cor dos fechamentos opacos. Foi observada a necessidade, para o clima da região estudada, da existência de dispositivos de controle da radiação solar, para que decisões de projeto que beneficiem as condições térmicas no período de verão não resultem em prejuízo no período de inverno, ou vice-versa.