Autodesbaste e diagrama de manejo da densidade em povoamentos de Pinus taeda L.
Resumo
A presente dissertação foi desenvolvida com o objetivo de estudar a eficiência dos modelos que expressam a relação de densidade e diâmetro em povoamentos equiâneos de Pinus taeda L., manejados em densidade completa e altamente
estocados. Para isto, foram testados os modelos de Reineke, Yoda, Zeide e Tang, através de dados originados de 50 parcelas permanentes, medidas anualmente até os 18 anos, alocados em povoamentos implantadas em espaçamentos de 1,5x1,0 m, 2,5x1,0 m, 1,5x2,0 m, 2,0x2,0 m, 1,5x3,0 m, 2,5x2,0 m, 2,0x3,0 m, 2,5x3,0 m, e mantidas em densidade completa. Os resultados indicaram que todos os modelos de
densidade e diâmetro apresentaram boa precisão estatística, porém o modelo não linear de Tang foi mais eficiente que os demais, tendo apresentado ótimo coeficiente de determinação, igual a 0,99, baixo erro padrão da estimativa igual a 0,0948, baixo coeficiente de variação, igual a 1,17 %, mínima tendência, com valor igual a 0,0086, e elevada eficiência, com valor igual a 0,8976. Na estimativa dos valores de densidade de árvores por hectare por diâmetro médio, e a menor soma de escores dos critérios estatísticos, foi igual a 6 pontos, com boa distribuição dos resíduos do número de árvores por hectare. O autodesbaste ocorre numa dimensão de diâmetro médio diretamente proporcional a densidade de árvores por hectare de plantio. Quanto maior o espaçamento inicial maior é o diâmetro médio no momento do início
do autodesbaste da população. O coeficiente angular da equação de densidade e diâmetro variou por espaçamento de plantio, não permitindo comprovar a universalidade da lei do autodesbaste, cujo valor do coeficiente angular é estipulado
em -3/2. Com o modelo de densidade e diâmetro foram gerados 5 Índices de Densidade do Povoamento - IDP, que variaram de um valor máximo de 1400 até o mínimo de 600, com intervalo de classe de IDP de 200, tendo com referência o
diâmetro padrão de 25 cm. Os Diagramas de Manejo da Densidade - DMD da população, elaborados para as variáveis dendrométricas: diâmetro médio, área basal e volume por hectare, por IDP, apresentaram uma boa eficiência com baixo erro na estimativa dos valores destas variáveis. Os volumes reais por hectare e os estimados no DMD apresentaram uma diferença absoluta de apenas -7,39 m3ha-1 e relativa de
-1,79 %, demonstrando elevada precisão do modelo de DMD. As estimativas volumétricas por hectare do DMD em relação aos valores reais, apresentaram valor de eficiência igual a 0,99, o que indica uma alta precisão, e um valor de χ 2 igual a
0,00034, não significativo a 0,01 % de probabilidade, demonstrando que os valores reais e os estimados não diferem estatisticamente entre si.