Mecanismos de regeneração natural em floresta estacional decidual, Santa Maria, RS
Fecha
2009-02-27Metadatos
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Este estudo avaliou os mecanismos de regeneração natural, representada pela chuva de sementes, banco de sementes do solo, e vegetação em regeneração, considerando banco de plântulas e regeneração natural estabelecida, em
remanescente de Floresta Estacional Decidual. A avaliação foi realizada em 70 subparcelas, aleatorizadas em 14 parcelas, dentro de 4 faixas distribuídas sistematicamente, na área. A chuva de sementes foi estudada em 70 coletores de 1
m x 1 m, cujo material era coletado mensalmente para avaliação, no curso de um ano. No banco de sementes do solo foram coletados 70 amostras, a partir de um gabarito de ferro (25 x 25 cm), que colocado sob a superfície do solo permitia a padronização da área para coleta em 5 cm de profundidade. O material coletado foi levado para o Laboratório de Silvicultura do Departamento de Ciência Florestais da Universidade Federal de Santa Maria, onde foi avaliado durante 7 meses. O banco de plântulas foi avaliado em 70 unidades amostrais de 2 x 2 m, onde identificaram-se e mediram-se todos os indivíduos com h ≥ 30 cm e DAP < 1 cm. A regeneração natural estabelecida foi avaliada em 70 unidades amostrais de 5 x 5 m. Nestas, identificaram-se e mediram-se todos os indivíduos com 1cm ≤ DAP < 5 cm. Os
mecanismos de regeneração foram analisados em agrupamentos, formados na vegetação adulta. Na chuva de sementes, observou-se a presença de 73 espécies, principalmente, arbóreas. O banco de sementes do solo teve predomínio de espécies herbáceas, além de arbóreas e arbustivas, espécies pioneiras e secundárias iniciais. No banco de plântulas observou-se a presença de espécies heliófilas e eciófilas, enquanto na regeneração natural estabelecida foi verificado o predomínio de espécies de sombra. O banco de sementes do solo e a regeneração natural estabelecida apresentaram comportamento diferente para o grupo 1 e 2 da vegetação adulta, enquanto a chuva de sementes e banco de plântulas apresentaram uniformidade na floresta. As espécies com maior potencialidade para perpetuar no remanescente de floresta estudado foram Gymnanthes concolor, Soroceae bonplandii, Eugenia rostrifolia, Trichilia claussenii, Trichilia elegans e Dasyphylum spinescens, sendo indicadas para enriquecimento. As espécies com maior restrição, foram Cordia tricotoma, Myrocarpus frondosus, Cupania vernalis, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Sebastiania commersoniana e Syagrus rommanzoffiana, dependendo de tratamentos silviculturais na floresta para garantir sua perpetuação. As espécies indicadoras dos agrupamentos, na vegetação adulta, têm a chuva de sementes e banco de plântulas como principais mecanismos de conservação das espécies no remanescente.