Superação da dormência de sementes e cultivo in vitro de bracatinga (Mimosa scabrella Benth.)
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2009-05-29Metadatos
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A bracatinga (Mimosa scabrella Benth.) é uma árvore nativa do Brasil, ocorrendo desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. A madeira é usada para energia como lenha e carvão. A madeira roliça é também muito procurada para escoras na construção civil. Além disso, como é uma espécie pioneira agressiva, seu plantio é recomendado para proteger e recuperar solos fracos e erodidos. Os bracatingais brasileiros apresentam reduzida produtividade, que pode ser melhorada
pela introdução de árvores com maior diâmetro. O aumento do diâmetro pode ser obtido pela manipulação dos níveis de hormônios vegetais nas células durante a micropropagação. Com a finalidade de contribuir para esse propósito, neste trabalho, o objetivo geral foi estudar a regeneração in vitro da bracatinga por meio de explantes isolados a partir de sementes germinadas. A superação de dormência das
sementes foi testada por escarificação mecânica, imersão em água à temperatura ambiente por 24 h, imersão em água quente (80ºC) por 5 minutos. A desinfestação consistiu da imersão em hipoclorito de sódio a 2% por 5, 10 ou 15 minutos e inoculação das sementes em meio ½ MS ou MS (Murashige & Skoog). Foi avaliada também a germinação sob diferentes concentrações do meio MS (1/8, ¼, ½ e integral). Segmentos nodais cultivados em meio MS acrescido de benzilaminopurina
- BAP (0; 2,5; 5; 7,5 e 10 μM) e de ácido alfa naftalenoacético - ANA (0 e 2,2 μM), na ausência ou presença de estreptomicina, foram avaliados quanto à multiplicação in vitro. A escarificação mecânica foi o método de superação de dormência que proporcionou a maior porcentagem de germinação. A desinfestação com hipoclorito
de sódio a 2% durante 10 minutos resultou em mais de 60% de sementes germinadas. A máxima germinação in vitro de sementes de bracatinga foi observada na diluição ¼ MS. Na ausência de BAP, houve maior formação de gemas (1,39) e de
folhas (1,62) por explante. Não houve contaminação por bactérias na ausência de BAP, independente da presença de estreptomicina. Não foram formados calos na ausência de estreptomicina e de BAP. Com o aumento das concentrações de BAP no meio de cultura, houve uma redução na oxidação fenólica. Para a multiplicação in vitro de segmentos nodais de bracatinga, não é necessário adicionar ANA e BAP.