Biomassa e nutrientes em um povoamento de Eucalyptus saligna Smith submetido ao primeiro desbaste
Fecha
2013-02-26Metadatos
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O eucalipto é uma das espécies florestais mais cultivadas no Brasil devido ao seu rápido crescimento e adaptação a vários tipos de solos e características climáticas. No Rio Grande do Sul, houve aumento na área de abrangência dos plantios florestais, passando a ocupar regiões anteriormente predominadas pela agricultura e pecuária, tornando necessária a realização de pesquisas que visem à garantia do pleno estabelecimento dos plantios de Eucalyptus de forma sustentável. O presente estudo teve como objetivo quantificar a biomassa e o estoque de nutrientes em um povoamento de Eucalyptus saligna submetidos ao primeiro desbaste no município de São Francisco de Assis-RS. Os dados foram coletados em um talhão de quatro anos de idade, estabelecido em solo de baixa fertilidade na Fazenda Estância das Oliveiras, pertencente a Empresa Florestal Stora Enso. Foram selecionas no total nove árvores para comporem as amostras. A amostragem destrutiva consistiu na individualização dos compartimentos da biomassa acima do solo (folhas, galhos, casca e madeira). A coleta das amostras teve como objetivo a determinação da matéria seca nos diferentes componentes do Eucalyptus saligna. A produção de biomassa aos quatro anos foi de 88,81 Mg ha-1, apresentando o seguinte percentual de distribuição: 76,8% na madeira, 9,3% na casca, 7,9% nos galhos e 6,0% nas folhas. A magnitude de armazenamento dos elementos na biomassa total apresentou a seguinte ordem decrescente de acumulo para macronutrientes: Ca > K > N > Mg > P > S e Mn > Fe > B > Zn > Cu para os micronutrientes. Na ocasião do desbaste de 40% do povoamento a produção de biomassa foi de 35,52 Mg ha-1. Quando realizada apenas a colheita da madeira comercial e casca comercial (d≥ 8 cm) a biomassa deixada no campo contribuiria com 60,2% dos macronutrientes e 59,9% dos micronutrientes. Removendo apenas a madeira comercial, a porcentagem de nutrientes deixados no campo subiria para 80,5% de macronutrientes e 88,4% de micronutrientes. Independente da intensidade de colheita aplicada, o nutriente mais limitante para as futuras rotações seria o potássio. Em termos ecológicos e silviculturais, o processo que menos exportaria nutrientes do sistema seria aquele em que se colheria apenas a madeira comercial, deixando os demais componentes (folhas, ponteiros, galhos, casca) no sítio, como resíduo florestal.