Uso da reflectância de imagens Landsat 5 TM na identificação de plantios de Eucalyptus dunnii e Eucalyptus urograndis e sua correlação com o volume de madeira
Date
2014-01-22Metadata
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O objetivo deste trabalho foi testar o potencial de imagem de satélite, TM/Landsat 5, na discriminação de plantios de diferentes idades de Eucalyptus dunnii e Eucalyptus urograndis e, correlacionar o volume desses plantios, obtidos a partir de inventário florestal, com as respostas espectrais. Os valores de reflectância espectral de superfície foram recuperados das imagens originais e após o georreferenciamento da imagem foram extraídos os valores das reflectâncias em seis bandas espectrais do sensor TM (B1, B2, B3, B4, B5 e B7) para os quatro povoamentos estudados: E. dunnii aos 3 anos e aos 5 anos e E. urograndis aos 2,2 anos e 4,2 anos de idade. Além das bandas espectrais foram utilizados os índices de vegetação SR, NDVI, SAVI_0,5, SAVI_0,25, MVI e GNDVI. Para avaliar o comportamento das variáveis espectrais para cada povoamento foi realizada uma análise de componentes principais em que, para o ano de 2009, as variáveis B2, B3, GNDVI, B4, B5 e B1, foram, em ordem decrescente, as mais significativas. E para o ano de 2011, os valores mais significativos corresponderam as variáveis SAVI_0,25, SAVI_0,5, B4, SR, MVI, NDVI e B2, em ordem decrescente. A partir da análise discriminante dos dados foram geradas três funções discriminantes (λ) para separação dos quatro grupos. Os atributos estruturais com melhor poder de discriminação (em ordem de importância) foram: SAVI_0,25, SAVI_0,5, B5, MVI, B7, B1 e B3. O modelo discriminante gerado demonstrou que as funções classificaram 100% dos casos em seus grupos preditos, revelando que as variáveis espectrais foram boas preditoras para distinguir os plantios. A análise de correlação entre a variável biofísica (volume de madeira) não foi significativa para o plantio de E. dunnii aos 3 anos de idade. Para o plantio de E. dunnii aos 5 anos a variável mais correlacionada foi B2 (r= -0,55). A B4 foi a variável com maior correlação com o volume nos plantios de E. urograndis aos 2,2 anos de idade (r= 0,75) seguido do índice Ln (SAVI_0,5) com r= 0,72. Para E. urograndis aos 4,2 anos de idade, as variáveis com maior correlação foram B2 (r= 0,67), seguido de Ln (SAVI_0,5) com r= 0,63. A partir dos coeficientes de correlação obtidos, foram modeladas equações para estimativa do volume. Para o povoamento de E. dunnii aos 5 anos, a melhor equação ajustada explicou 48% da variabilidade do volume. O povoamento de E. urograndis aos 2,2 anos obteve os melhores resultados, em que 57% da variabilidade do volume foi explicada pelas variáveis espectrais estudadas. O povoamento de E. urograndis aos 4,2 anos obteve os menores resultados, em que apenas 45% da variabilidade do volume foi explicada pelas variáveis espectrais. Conclui-se que a metodologia empregada pode ser utilizada para auxiliar na identificação de espécies a partir de imagens de satélite e novos estudos devem ser realizados para a estimativa de volume a partir de variáveis espectrais.