Crescimento inicial de Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong. em diferentes substratos e lâminas de irrigação
Abstract
Este trabalho objetivou avaliar o desenvolvimento de mudas de Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong produzido sob diferentes substratos combinados com lâminas de irrigação. O trabalho foi desenvolvido no Viveiro Florestal, do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Foram utilizadas sementes coletadas de árvores matrizes na região de Santa Maria (RS). Os substratos utilizados foram comercial a base de turfa (SC) e a mistura deste à casca de arroz carbonizada (CAC), constituindo os seguintes tratamentos: S1 (100% SC), S2 (80% SC + 20% CAC), S3 (60% SC + 40% CAC) e S4 (40% SC + 60% CAC) e as lâminas brutas de irrigação diária LB foram de 4, 8, 12, 16 e 20 mm.dia-1. O delineamento utilizado foi blocos casualizados (quatro blocos) em esquema fatorial. Os parâmetros altura (H), diâmetro do coleto (DC) e relação H/DC foram obtidos em esquema fatorial 4x5x4. Para a massa seca aérea (MSA), massa seca radicular (MSR), massa seca total (MST), relação MSA/MSR e Ìndice de Qualidade de Dickson (IQD), utilizou o fatorial 4x5, respectivamente para os fatores SC e lâmina de irrigação, parâmetros que foram obtidos 150 dias após semeadura. Aos 120 dias após semeadura foram avaliados os parâmetros fisiológicos teor de clorofila a, clorofila b, clorofila total e carotenoides, os quais foram correlacionados aos morfológicos (H, DC e H/DC), também observados aos 120 dias. Nesta análise utilizou-se fatorial 4x3, representado pelos 4 substratos e 3 lâminas brutas de irrigação diária (4, 12 e 20 mm.dia-1). Os resultados indicaram que o substrato a base de turfa misturado com 20% de casca de arroz carbonizada, quando combinado com lâmina bruta de irrigação de 8 mm.dia-1 proporciona crescimento adequado às mudas de Enterolobium contortisiliquum, com maior economia de água e substrato. A correlação dos parâmetros morfológicos e fisiológicos observada nas mudas é baixa, assim H, D e H/DC não podem ser utilizados para referenciar sobre os teores de clorofila. Aos 120 dias após semeadura, a altura foi maior nas irrigações de 4 e 12 mm.dia-1, possivelmente, porque 8 mm.dia-1 não foi utilizada na análise, enquanto o diâmetro mostrou-se superior em S1 e S2, confirmando a resposta aos 150 dias. Em relação aos teores de clorofilas e carotenoides, estes foram maiores quando as mudas receberam menores quantidades de água diariamente, indicando que a maior lâmina compromete o desenvolvimento das mudas e com 20% de casca de arroz misturado à turfa.