Imunoterapia contra pitiose: efeitos sobre os parâmetros imunológicos dos equinos.
Resumo
A pitiose é uma doença infecciosa, com risco de morte, que acomete animais e humanos, caracterizada por lesões granulomatosas, tendo como agente etiológico o oomiceto Pythium insidiosum. O tratamento de infecções causadas por P. insidiosum em animais e humanos é complicado pelas características do agente, sobretudo a composição de sua parede celular e membrana plasmática. A imunoterapia surgiu como uma alternativa para o tratamento da pitiose equina, com a produção de imunoterápico a partir de culturas do próprio agente. Apesar dos estudos sobre a doença e a imunoterapia, ainda não há um completo conhecimento dos mecanismos envolvidos. . Os objetivos deste trabalho foram: a) analisar os parâmetros imunológicos envolvidos na resposta frente à imunoterapia por meio da quantificação da interleucina 2 (IL2) e interferon gama (IFN-γ); b) analisar os parâmetros bioquímicos (função hepática) dos equinos envolvidos no experimento. Para tal foram utilizados 10 equinos, divididos em 2 grupos: controle n=5( animais hígidos sem a doença) e infectado n=5( com pitiose clínica). Todos os 10 animais dos 2 grupos receberam 4 doses do imunoterápico PitiumVac a cada 14 dias. Os parâmetros imunológico dos animais demostraram uma diferença estatística significativa no grupo infectado após o tratamento com o imunoterápico PitiumVac®. Após 42 dias de imunoterapia foi observado um aumentando de forma significativa os níveis séricos de IL-2 e IFN-γ no grupo dos animais infectados, culminando com a cura clínica destes animais. Após a imunoterapia foi constatada uma melhora na função hepática, com a diminuição da alanina aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina (FA). Este resultado pode ser decorrente da interação distinta do antígeno presente no imunoterápico com o sistema imunológico, provocando o aumento na produção destas citocinas e estabelecendo um predomínio de resposta TH1.