A superação do solipsismo em Sartre
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Data
2007-08-21Autor
Reyes, Raimundo de María Mena
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O texto discute em que medida Sartre consegue superar o solipsismo da consciência, interpretando os registros que compõem o conceito fenomenológico de Olhar, em O Ser e o Nada. Após definir o conceito de solipsismo, ficará em evidência a problemática que este implica e que, segundo Sartre, origina-se da noção de Cogito cartesiano. Mostra-se a construção histórico-conceitual da noção de Olhar e o papel que este conceito joga na medida que oferece uma evidência não cognitiva da existência do Outro. Avaliam-se as contribuições e malogros do uso do conceito de Olhar na tentativa sartreana de superação do solipsismo. Em conclusão, indica-se o alcance desse Cogito ampliado , como Sartre chama à experiência do Olhar. Fenomenologicamente, a existência do Outro resulta evidente. Porém, não se dá a mesma certeza no nível ontológico. Isso exigiria sair do Cogito, como ponto de partida do filosofar, mas Sartre não abre mão dessa perspectiva.