Sentido e compreensão em Ser e Tempo
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2009-03-26Metadatos
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O presente trabalho tem como objetivo promover uma análise acerca do conceito de sentido no âmbito de Ser e Tempo no contexto da temática da compreensão. A partir de uma
caracterização inicial da noção de sentido apresentada por Heidegger, depreendemos a rede conceitual em torno dessa noção procedendo com uma explicitação da mesma. Localizando o ponto nodal dessa rede conceitual em torno da temática da compreensão e interpretação, seguimos com uma análise destas noções restringindo-nos ao contexto da explicitação da compreensão dos entes, com uma questão do modo como lidamos com os entes no mundo, por meio de uma estrutura pré-predicativa e predicativa. Nesse contexto, apresentamos uma leitura cujo foco incide sobre a noção de relação, revelando desse modo uma tipologia de relações presente em Ser e Tempo e mostrando a importância dessa noção no tocante à explicitação dos sentidos de ser. Dedicamos uma atenção especial à noção de signo por
expressar um caso exemplar de relação, denominada de remissão, fundamental para a compreensão dos sentidos de ser dos entes, em especial, do ser disponível, bem como para
entender a noção heideggeriana de significar. Seguindo esse mesmo fio condutor, discutimos uma crítica à concepção heideggeriana de sentido, cujo ponto principal versa sobre as noções de signo e remissão em Ser e Tempo, interpretadas como análogas aos conceitos de sentido e referência de Frege. Amparados em nossa análise, mostramos como essa analogia entre Frege e Heidegger fracassa justamente num ponto crucial: em tomar signo como um designador linguistico. Por fim, tecemos algumas considerações acerca da proficuidade da noção heideggeriana de sentido (se tomada em consonância com as noções de relações analisadas no trabalho) para se pensar, por exemplo, algo como comportamento intencional ou intencionalidade de um ponto de vista mais geral.