O espaço geográfico, os surdos e o(s) processo(s) de inclusão/ exclusão social na cidade de Santa Maria/RS
Fecha
2008-10-21Primeiro orientador
Foleto, Eliane Maria 
Primeiro membro da banca
Rego, Nelson
Segundo membro da banca
Wizniewsky, Carmen Rejane Flores
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esse trabalho visa analisar a questão da inclusão/ exclusão social da comunidade surda em relação às sociedades ouvintes e sua espacialização/ territorialização na
cidade de Santa Maria/ RS. Busca ainda, identificar os locais da cidade mais freqüentados pelos surdos; diagnosticar os principais problemas, na relação comunidade surda x comunidade ouvinte ; o papel da escola enquanto veículo de
inclusão social e os surdos focalizados sob a ótica dos movimentos sociais e/ ou novos movimentos sociais. A metodologia utilizada foi o Estudo de Caso, evidenciando o tipo de pesquisa qualitativa, utilizando-se fontes como: bibliografias, observações e entrevistas. A partir daí, foi possível verificar que os locais mais freqüentados pelos surdos na cidade de Santa Maria/ RS são escassos. Constituem
esses poucos locais destacados, a Escola de surdos existente na cidade, a Associação de Surdos de Santa Maria/ RS, o Centro Desportivo Municipal e um dos shoppings centers da cidade. Constatou-se também, diante das respostas dos
entrevistados que a inclusão social dos surdos no espaço geográfico da cidade de Santa Maria/ RS, é um processo lento e em constante construção, principalmente, através da difusão da Língua de Sinais (LIBRAS) para a comunidade ouvinte. Quanto à Escola, os pesquisados, mostraram-se contrários a simples inserção dos surdos em classes ouvintes, defendendo a escola própria para surdos, pois acreditam, que esta sim é veículo de inclusão social. Verificou-se que os surdos configuram-se como um novo movimento social, justificado pelo histórico de lutas do movimento surdo e apoiadores, na conquista de seus direitos. Com base nesses
resultados, a realização desse estudo permitiu uma reflexão pautada na importância da mobilidade dos surdos no espaço geográfico e sua participação na comunidade em geral, enquanto sujeitos diferentes e com direito a ter língua e cultura próprias, independente de ser maioria ou minoria em relação aos dados numéricos de população.