Estudos fitogeográficos na bacia hidrográfica do arroio Lajeado Grande - oeste do RS
Fecha
2008-12-17Metadatos
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Estudos fitogeográficos que buscam a compreensão de como ocorreu a colonização e a
distribuição da vegetação nativa no território gaúcho, remontam desde o final do século XIX.
Entretanto, atualmente, ainda não há consenso no que diz respeito às distintas tipologias que
apresenta a vegetação no Estado do Rio Grande do Sul, nem quanto às terminologias a serem
utilizadas de modo mais geral. Ao tratar especificamente das regiões Oeste e Sudoeste, o
tema, "Fitogeografia" reveste-se de extrema importância, pois ainda apresenta pontos não
bem esclarecidos na literatura científica. Frente a tal situação, os Estudos Fitogeográficos na
Bacia Hidrográfica do Arroio Lajeado Grande - Oeste do RS, têm como objetivo principal,
contribuir para o avanço do conhecimento fitogeográfico sul-rio-grandense. Para isto,
inicialmente, foi realizada uma análise nas condições do meio físico, onde foram
reconhecidas e diferenciadas, unidades morfolitológicas, com base nas características do
relevo, do substrato rochoso e solos. Estas unidades foram representadas no mapa
morfolitológico, que serviu de base geográfica à realização do levantamento florístico.
Desenvolvido sob o aspecto fisionômico e ecológico, este levantamento revelou a existência
de distintas tipologias na vegetação nativa. A partir de então, foi desenvolvido um estudo
correlativo entre vegetação e meio físico, de modo a identificar os elementos do meio que
exercem influência na composição florística e na distribuição espacial da cobertura vegetal.
Esta correlação revelou que todas as tipologias, existentes na área em estudo, possuem
estreitas relações com o meio físico, apresentando um padrão de distribuição geográfica.
Em certas situações, tais relações são tão acentuadas que duas fanerófitas foram definidas
como espécies geo-indicadoras de substrato rochoso. Os resultados obtidos nesta pesquisa
foram representados em mapa fitogeográfico, definido a partir das tipologias de vegetação,
em relação com as unidades morfolitológicas, sendo diferenciadas em: campos em colinas de
arenito, campos com curupis (Sapium haematospermum Müll. Arg. Euphorbiaceae) em
colinas de arenito, campos com butiá-anão (Butia lallemantii Deble & Marchiori
Arecaceae) em colinas de arenito, campos em colinas vulcânicas, campos com espinilhos
(Acacia caven (Molina) Molina - Leguminosae ou Fabaceae) em colinas vulcânicas,
vegetação de cornijas, vegetação de morrotes de arenito, capões de mato e floresta de galeria.
Espera-se que este trabalho sirva de subsídio a futuros estudos e propostas de conservação e
preservação da biodiversidade e das paisagens naturais no Estado do Rio Grande do Sul.