O Forte São Joaquim e a construção da fronteira no extremo norte: a ocupação portuguesa do vale do rio Branco (1775 - 1800)
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2012-12-14Metadatos
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Este estudo está vinculado a Linha de Pesquisa Integração, Política e Fronteira do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Maria, e dedica-se a analisar a ocupação do vale do rio Branco pelos portugueses no período de 1775 a 1800, a partir da instalação do Forte São Joaquim. Para tanto, investiga em que medida a construção do Forte São Joaquim no vale do rio Branco, a partir de 1775, favoreceu a ocupação da região pelos portugueses e a construção da fronteira do extremo norte no período de 1775 a 1800. Para a realização da pesquisa, foram utilizadas como fontes primárias, relatos de cronistas e viajantes, com destaque para funcionários coloniais. Confrontando-os com documentos sobre o Grão-Pará e o Rio Negro disponibilizados pelo Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), iconografia, cartografia, entre outras fontes primárias. Ao longo do estudo, percebeu-se que a construção da fortificação na região do vale do rio Branco, a partir de seus integrantes, inaugurou uma nova relação entre índios e não-índios naquele território, aproximou o Estado português do território em disputa com outros conquistadores europeus e ainda conduziu as estratégias portuguesas para consolidar a ocupação da região. Observou-se também o importante papel tanto desses integrantes da guarnição militar quanto dos diversos grupos indígenas do rio Branco para a construção da fronteira setentrional. Os indígenas tornaram-se sujeitos históricos muito importantes e disputados pelos conquistadores, com a lealdade dos grupos indígenas podendo definir a posse do território. Nesse quadro, percebe-se não só um contexto de relações de poder entre dominantes e dominados, mas também espaço para a negociação, com os indígenas buscando satisfazer suas próprias necessidades.