Discurso político-partidário: o antagonismo entre a Federação e o Correio do Sul (1922)
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2014-01-17Metadatos
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Este trabalho está vinculado à perspectiva historiográfica da história intelectual e
objetiva analisar e comparar o conteúdo e a forma da retórica do discurso político-partidário
dos jornais A Federação e o Correio do Sul no processo eleitoral do Rio Grande do Sul em
1922. A Análise e a interpretação do discurso político-partidário dos jornais parte dos aportes
teórico-metodológicos de Pocock (2003), no estudo da performance do discurso político e da
relação entre contexto e ação; dos modos de operação do sentido e da ação das estratégias
simbólica de caráter ideológico de John Thompson (2009) e, principalmente, da teoria da
argumentação de Perelman e Tyteca, no que diz respeito aos modos de ligação da
argumentação. A partir da leitura e da interpretação das estratégias retóricas e ideológicas
empregadas no discurso político-partidário dos jornais, torna-se possível traduzir a maneira
como os jornalistas perceberam os acontecimentos e como interagiram com os interlocutores
e leitores. No contexto político de 1922, o conteúdo e a forma do discurso político foram
definidos em função das situações discursivas que surgiram dos acontecimentos e do
confronto com o adversário político. De um lado, estava A Federação, que representava o
Partido Republicano Rio-Grandense; de outro, o Correio do Sul, que representava o Partido
Federalista e Aliança Libertadora. Por estarem em fronteiras políticas adversárias,
desenvolveram um discurso combativo e competitivo para enfrentarem o adversário e
convencerem os leitores a aderirem à sua causa política.