Países em desenvolvimento da Ásia e América Latina: uma avaliação empírica sobre suas estratégias de crescimento (1970-2002)
Resumo
Esta dissertação analisa de forma comparada as economias em desenvolvimento da Ásia e da América Latina e Caribe a partir de análises empíricas univariada e multivariada das
repercussões sócio-econômicas de suas estratégias de crescimento; especificamente, analisamse os modelos de substituição de importações e o de orientação para o exterior no período de 1970 a 2002. Problematiza sobre as similaridades e discrepâncias entre as economias em
desenvolvimento da Ásia e da América Latina e Caribe e as conseqüências sócio-econômicas dessas experiências sobre o desenvolvimento delas no período. Através do teste de
cointegração usando o procedimento de Johansen mostrou-se que o investimento e o crescimento econômico possuem relação de longo prazo para uma minoria de países asiáticos,
enquanto nos casos latino-americanos correspondem por quase a metade. O teste de causalidade de Granger entre o crescimento das economias e o investimento evidenciou que
cerca de um terço dos países latino-americanos apresentam independência entre aquelas variáveis, enquanto nas economias asiáticas quase a metade delas apresentou bicausalidade. A análise fatorial e de cluster mostrou que casos emblemáticos de substituição de importações até os anos 1980 chegaram em 2002 sem perfil de que o comércio exterior pudesse ser elemento preponderante do desenvolvimento. Paralelamente, alguns casos reconhecidamente de políticas voltadas ao exterior apresentaram elevada associação com o fator que incluía o
setor industrial ao invés do que se referia, estritamente, ao comércio exterior em 2002. Concluiu-se, por fim, que economias orientadas ao exterior vieram a fazer parte de grupos de crescimento mais elevado.