Otelo - o mouro de Veneza, de Shakespeare: crítica e tradução literária
Resumo
No Brasil, Otelo o mouro de Veneza já foi traduzido diversas vezes. Entre os tradutores, encontram-se Onestaldo de Pennafort, Carlos Alberto Nunes, Barbara Heliodora e Beatriz
Viégas-Faria. Enquanto os três primeiros traduziram a peça em verso decassílabo, correspondente métrico do pentâmetro iâmbico shakespeariano, a última traduziu a tragédia
em prosa. O objetivo deste trabalho, que visa à obtenção do título de mestre, é estudar a crítica e as traduções da peça como auxílio a uma nova tradução versificada do texto de
Shakespeare. Esta dissertação de mestrado, intitulada Otelo O mouro de Veneza, de Shakespeare: Crítica e Tradução Literária , está dividida em cinco capítulos. No primeiro, Fontes e influências da peça , tratei dos principais temas usados por Shakespeare ao compor sua tragédia: as moralidades medievais; o conto italiano de Cinthio; as personagens tipificadas da commedia dell arte italiana e a visão elisabetana/jacobina sobre os mouros. No segundo, A crítica de Otelo: um estudo das personagens da tragédia , busquei uma discussão fundamentada nas principais opiniões críticas sobre o drama. No terceiro capítulo, A
variação psicológica no discurso da protagonista de Otelo , comentei a transformação que as falas da personagem sofrem no decorrer do aprofundamento de sua suspeita. No quarto
capítulo, intitulado Entre a prosa e o verso de Shakespeare: traduções brasileiras de Otelo , aludi ao histórico da peça no Brasil fazendo referência a quatro das traduções feitas para o
português brasileiro. No último capítulo, Uma nova tradução poética de Otelo O mouro de Veneza: entre o trágico, o cômico e o lírico , descrevo as escolhas métricas e sonoras
buscadas nessa nova tradução e apresento alguns resultados deste trabalho de tradução, em que as variações temáticas e estilísticas da tragédia se fizeram presentes, recriadas, nesta nova tradução. Finaliza o trabalho, no Apêndice D, a primeira versão desta nova tradução de Otelo O mouro de Veneza, de Shakespeare.