Crenças sobre ensino/aprendizagem no ensino instrumental de línguas
Fecha
2012-03-06Metadatos
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As crenças que envolvem o processo de ensino/aprendizagem de línguas são
constituídas através das experiências de vida de cada indivíduo e refletem as posições
pessoais sobre a aprendizagem de uma LE. Este trabalho, assumindo que cada pessoa
possui suas crenças particulares, teve como objetivo verificar se tais crenças podem vir
a sofrer alterações a partir do tipo de ensino recebido. As informações necessárias à
realização da pesquisa foram obtidas através de questionários, entrevistas
semiestruturadas e observações realizadas em sala de aula. Serviram de base teórica
trabalhos de autores como Barcelos (2010; 2007; 2004a; 2004b; 2003; 2001; 1995), na
área de crenças. Ramos (2005) serviu de suporte teórico sobre o ensino instrumental
de línguas e Vygotsky (2001; 1998; 1978) nos embasou nos propósitos
sociointeracionistas da linguagem. A orientação metodológica foi de uma pesquisa
quali-quantitativa, realizada com 75 alunos/profissionais do Curso de Capacitação em
Português Língua Estrangeira Instrumental para Agentes do Governo Uruguaio: Polícia
Rodoviária, oferecido pelo Centro de Ensino e Pesquisa de Línguas Estrangeiras
Instrumentais (CEPESLI), da Universidade Federal de Santa Maria. Algumas das
crenças trazidas pelo grupo foram: ser adulto não influencia na aprendizagem de uma
LE; aprender português é fácil; é possível aprendê-lo sem a necessidade de estudo; o
ensino voltado à profissão do aluno é suficiente para a comunicação em situações de
trabalho. Após a identificação e comparação dessas crenças e da análise de todos os
dados de nosso corpus foi possível concluir que as crenças dos alunos/policiais podem
sofrer alterações, mesmo que em diferentes medidas, a partir da experiência de
ensino/aprendizagem com a abordagem instrumental, intensiva e comunicativa de
ensino de línguas.