Sensibilidade do fechamento do balanço de energia a métodos de processamento de dados de fluxos superficiais sobre o bioma Pampa
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Data
2016-01-25Autor
Valente, Fabíola Carolina Pereira
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Neste trabalho realizou-se um procedimento para o processamento dos dados de fluxos medidos por um sistema de covariância dos vórtices turbulentos em um sítio experimental com vegetação representativa do bioma Pampa, em conjunto com medidas de uma estação meteorológica para o período de 20/11/2013 a 07/09/2015. A partir deste conjunto de dados foi realizada uma análise da sazonalidade dos fluxos superficiais de energia e das variáveis meteorológicas. Os resultados mostraram que a aplicação de diferentes métodos de correções para o cálculo dos fluxos de energia produz fluxos com diferentes níveis de qualidade em relação ao fechamento do balanço de energia (FBE). O coeficiente angular (CA) variou até 20% em razão das diferentes combinações de correções aplicadas no processamento dos dados para o cálculo das médias num intervalo de 30 minutos. As opções de correção que mostraram maior sensibilidade foram a constante de tempo e o método de remoção das flutuações turbulentas. Pelo diagnóstico do FBE constatou-se que a mudança de IRGA caminho fechado para caminho aberto melhorou cerca de 12% o FBE, indicando alguma deficiência do IRGA caminho fechado. Também foi verificado que o termo de solo (fluxo e armazenamento) aumentou ~4% o FBE, indicando sua importância para o balanço de energia de pastagem natural. Em virtude do não fechamento do balanço de energia observado na maioria dos estudos, e neste também, foi proposto um novo método de pós-fechamento do balanço de energia, simples, mas criterioso, pois se baseia na classificação de qualidade dos fluxos de energia (H e LE). O objetivo do método é gerar uma série de fluxos corrigidas, importante para a calibração e validação de modelos de superfície. Em relação à partição da energia, a evapotranspiração (ET) foi a componente predominante, com uma Fev = 61% da radiação disponível e β = 51%. Ela variou de ~4 mm d-1 no verão para ~1 mm d-1 no inverno, sendo controlada principalmente pelas forçantes atmosféricas (Rn, DPV, Tar) que determinaram a sua variação sazonal. No inverno, a sua redução foi associada também a baixa atividade fotossintética da vegetação. O albedo médio diurno da pastagem natural do Rio Grande do Sul foi 18%, com pouca variação sazonal. Por fim, fica sugerido aqui a inserção dos procedimentos realizados neste trabalho para o processamento de dados dos sítios experimentais da SULFLUX.