Alternativas de suplementação para recria de novilhas de corte em pastagem natural visando peso para acasalamento
Resumo
A demanda por carne bovina é crescente em nível mundial devido ao aumento da população e do poder aquisitivo, que leva a melhoria na dieta da população e consequentemente aumento na procura por produtos cárneos. No Rio Grande do Sul, a pecuária ainda tem características de produção extensiva, sendo indispensável o aumento na eficiência de produção para melhor atender à crescente demanda por carne. Utilizando técnicas de manejo forrageiro aliado ao uso de suplemento, pesquisadores buscam alternativas que auxiliem na exploração racional e conservacionista das pastagens. O objetivo com esse trabalho foi de atingir 65% do peso adulto (PA) aos 22 meses, em novilhas de corte com 18 meses de idade inicial e com diferentes pesos médios iniciais (210 e 255 kg), recriadas em pastagem natural manejada pelo método de pastoreio rotativo com dois intervalos de descanso (375 GD e 750 GD) que determinou os tratamentos. As novilhas receberam suplementação proteica-energética e ou proteica-energética mais milho. A massa de forragem foi decrescente no intervalo de descanso 375 GD enquanto que no de 750 GD houve uma manutenção da massa e a evolução da altura da forragem foi semelhante entre os intervalos de descanso. O consumo de forragem também foi semelhante entre os intervalos de descanso, já a qualidade do pasto aparentemente consumido apresentou menor teor de FDA na dieta das novilhas manejadas no 750 GD, que também dispenderam mais tempo nas atividades de pastejo, ruminação bem como visitaram mais estações por minuto. O objetivo final foi alcançado apenas nas novilhas manejadas no intervalo de descanso 750 GD de maneira a concluir que para chegar aos 65% do PA, nas condições desse experimento, as novilhas leves manejadas com 375 GD de descanso devem entrar no segundo inverno com pelo menos 52% do PA e as pesadas com 60% do PA ou estender a suplementação por mais pelo menos 21 dias.