Vitamina C plasmática está negativamente associada com a atividade das aminotransferases em pacientes com hepatite C não tratados
Resumo
Neste trabalho, a possível relação entre a atividade das aminotransferases e marcadores de estresse oxidativo em pacientes com hepatite C foi avaliada. Pacientes com infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) confirmada por HCV RNA positivo no soro, sem tratamento, foram divididos em três grupos: grupo I (15 a 39 U/L); grupo II (41 a 76 U/L); grupo III (81 a 311 U/L) de atividade da alanina aminotransferase (ALT). Um número de parâmetros foi examinado no sangue como indicadores de estresse oxidativo, incluindo catalase, glutationa peroxidase, espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), grupos tióis protéicos (P-SH), grupos tióis não protéicos (NP-SH) e vitamina C. Os resultados demonstraram que os marcadores P-SH, NP-SH, TBARS, atividade da glutationa peroxidase e catalase dosadas no sangue dos indivíduos incluídos nos grupos de estudo não foram diferentes significativamente (P>0.05). O antioxidante vitamina C foi significativamente diminuído no grupo III (P=0.001) e no grupo II (P=0.03) quando comparado com o grupo I. A vitamina C correlacionou-se negativamente com
atividade da AST (r=-0.29; P=0.042) em todos os grupos. Nossos dados sugerem que a dosagem da vitamina C no plasma pode ser usada como um indicador adicional da severidade da hepatite C, já que foi negativamente associada com a atividade das aminotransferases. A terapia com antioxidantes, assim como vitamina C, pode, então, ter um papel no retardo da progressão da doença hepática