Relação do controle postural e nível de atividade física em um grupo de idosos
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Data
2014-07-16Autor
Santos, Priscilla de Medeiros dos
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Com o avanço da idade, um dos principais comprometimentos físicos é a redução do
desempenho muscular, o que leva à perda de força o que contribui para á inatividade e para
perdas funcionais importantes. Isto pode dificultar o controle postural, diminuição do
equilíbrio e maior do risco de quedas. Uma alternativa para manter o bom controle postural é
a atividade física. Esta traz benefícios para a população idosa, na medida em que melhora a
capacidade funcional, o equilíbrio, a força, a coordenação e a velocidade nos movimentos,
proporcionando maior segurança ao idoso nas atividades que realiza. Nesse sentido, o
objetivo deste estudo foi investigar a relação do controle postural e o nível de atividade física
de um grupo de idosos da Unidade de Estratégia de Saúde da Família - São José. Esta
pesquisa está vinculada ao Curso de Pós-graduação em Reabilitação Físico-Motora da
Universidade Federal de Santa Maria. Para a coleta dos dados foram utilizados os seguintes
instrumentos: Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), para classificação do
nível de atividade física e plataforma de força - AMTI, modelo OR6-5 (Advanced Mechanical
Technologies, Inc.), para avaliação do controle postural. A frequência de aquisição da
plataforma de força foi de 100 HZ realizada no laboratório de Biomecânica do Centro de
Educação Física e Desportos (CEFD). A amostra foi constituída por 18 idosos, de ambos os
sexos, na faixa etária entre 60 e 80 anos. Para a interpretação do nível de atividade física
dos idosos foi adotado o critério baseado em recomendações de limiares de atividades
físicas, que resultam em benefícios para a saúde, classificando como “ativos” os indivíduos
que praticam, pelo menos, 300 minutos por semana (min/sem.) de atividade física, no
mínimo, moderada. A partir deste critério, a amostra deste estudo foi dividida em dois
grupos: pouco ativo (GPA) (<300 min/sem.) e muito ativo (GMA) (≥300 min/sem.). Para a
análise estatística foi utilizado o teste de normalidade Shapiro - Wilk. Na análise intergrupos
foi utilizado o Teste t de Student. Já, para comparação de dados assimétricos foi utilizado o
teste U, de Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de p≤ 0,05. Foram avaliados
18 idosos, onde 6 se enquadraram no GPA e 12 foram classificados como GMA. Os
resultados do estudo mostraram que a frequência (p=0,039) e o tempo (p=0,045) de
atividade vigorosa foi maior no GMA; e também o tempo de atividade física semanal
(p=0,000). Na plataforma de força, com olhos abertos, o deslocamento médio-lateral
(COPml) foi menor no GMA (p=0,042), assim como a área de elipse (p=0,32). Com os olhos
fechados a área de elipse também apresentou diferença estatística intergrupos (p=0,006),
sendo também menor no GMA. Pôde-se concluir que quanto à relação entre o equilíbrio
estático e a atividade física, os idosos muito ativos apresentaram melhor controle postural,
quando comparado aos idosos pouco ativos.
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