Consciência histórica e transformações sociais: narrativas autobiográficas e o exercíco da cidadania através das aulas de história
Resumo
Este trabalho buscou estabelecer conceitos plausíveis de cidadania, atrelado ao ensino de
história. Buscou-se esclarecer o conceito de cidadania, através de discursos dos mais variados,
e mesmo através da legislação brasileira que traz em seu texto de maneira exaustiva o termo,
sem dar a ele uma definição concreta. Através do presente trabalho é possível perceber que a
educação, e notadamente o ensino de história, tem estado na vanguarda da formação de
cidadãos conscientes de si, e de seu lugar no tempo e no espaço e, portanto, o processo de
tomada de consciência histórica dos estudantes em sala de aula, nos anos finais do ensino
fundamental, adquire caráter fundamental para entender de que maneira o processo de ensino
é transformador da realidade em que se está inserido. Como as definições legais existem no
panorama da educação, a pesquisa traz a discussão acerca do currículo, buscando esclarecer
conceitos amplos, como o próprio significado de currículo, e ainda, questões atuais como as
discussões acerca da Base Nacional Comum Curricular, demonstrando a ocorrência de
avanços e regressões no que diz respeito à padronização nacional especificamente do ensino
de história. Metodologicamente se desenvolveu a aplicação e a análise de narrativas
autobiográficas como dispositivos de formação, na busca da compreensão pelos estudantes
sobre a sua ação histórica e a percepção de si e do outro, enquanto constituintes da sociedade.
A percepção do pesquisador também aparece nesse processo da construção das narrativas
autobiográficas dos estudantes, na fase de análise das narrativas e de sua interpretação,
estando claro, dessa forma, o caráter dialético fomentado pelas práxis constituintes de todo o
processo. Ao final, o trabalho traz a proposta de uma oficina sobre as narrativas
autobiográficas, a ser aplicada com docentes já formados e em formação, no intuito de
demonstrar as possibilidades metodológicas das narrativas de si e sua aplicabilidade. A
pesquisa lança, dessa forma, uma visão bastante favorável à utilização das narrativas
autobiográficas como dispositivos de formação no ensino fundamental anos finais, que traz
contribuição pertinente ao conceito de educação histórica, sendo a história, enquanto
componente curricular, ferramenta necessária a formação de estudantes no ensino básico.
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