Perfil oxidativo do sangue de cordão umbilical de acordo com a duração do trabalho de parto de gestantes
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Data
2019-01-22Primeiro membro da banca
Bitencourt, Paula
Segundo membro da banca
Brandão, Ricardo
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Estresse oxidativo é caracterizado por um desequilíbrio entre a produção de radicais
livres e a capacidade antioxidante do organismo. Sabe-se que o trabalho de parto é
um processo caracterizado por um aumento de estresse oxidativo, provocado pela
alteração constante da pressão de oxigênio no tecido placentário durante à contração,
além do aumento do consumo de oxigênio pela musculatura esquelética e uterina
envolvidas na contração. A duração do trabalho de parto (DTP) está relacionada com
o nível de estresse oxidativo, sendo já relatado o aumento de diversos parâmetros
oxidativos durante o trabalho de parto prolongado, o que torna relevante a avaliação
dos possíveis efeitos oxidativos sobre o recém-nascido. Sendo assim, esse estudo
tem por objetivo determinar marcadores de estresse oxidativo em sangue de cordão
umbilical de neonatos com DTP inferior a cinco horas (n=33) e com DTP superior a
cinco horas (n=35) e investigar uma possível relação com alterações em neonatos. O
estresse oxidativo foi avaliado através da quantificação da relação nitrato/nitrito (NOx),
espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), grupos tióis protéicos (P-SH),
níveis de vitamina C e capacidade plasmática de redução de ferro (FRAP) e suas
correlações, além da determinação da atividade da enzima δ-ALA-D. Através dos
resultados obtidos podemos verificar que os parâmetros avaliados, tanto oxidativos
como antioxidativos, foram significativamente maiores em sangue de cordão umbilical
com DTP>5h, confirmados pela correlação positiva entre alguns parâmetros, e a
atividade da enzima δ-ALA-D foi significativamente menor em sangue de cordão
umbilical de neonatos de gestantes com maior duração de trabalho de parto. Não
houve diferenças significativas em relação as condições físicas dos recém-nascidos
avaliados pelo índice de Apgar e peso ao nascer. Em conclusão, para o nosso
conhecimento esse é o primeiro trabalho que descreve que o maior tempo de trabalho
de parto, apesar de não ser considerado prolongado, resultou em maior estresse
oxidativo, o que pode refletir consideravelmente na saúde de neonatos.
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