Potencialidade dos extratos de Hovenia dulcis e Ateleia glazioviana como biopreservantes de madeiras
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Data
2021-05-21Primeiro coorientador
Haselein, Clovis Roberto
Primeiro membro da banca
Modes, Karina Soares
Segundo membro da banca
Rosso, Silviana
Terceiro membro da banca
Baldin, Talita
Quarto membro da banca
Barauna, Edy Eime Pereira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente trabalho tem por objetivo obter e testar em laboratório os extratos aquosos dos materiais lignocelulósicos (casca, madeira e folhas) das espécies arbóreas de Hovenia dulcis e Ateleia glazioviana como biopreservantes de madeiras. Para tal, foram cortadas cinco árvores de cada espécie, e obtidos os materiais vegetais para a confecção dos extratos aquosos. Esses foram incorporados ao meio de cultura em placas de petri a fim de verificar a toxidez frente aos principais fungos deterioradores da madeira: Pycnoporus sanguineus e Gloeophyllum trabeum. As avaliações do experimento foram iniciadas 24 horas após a inoculação, por meio de medições diárias do crescimento micelial, até que as placas testemunhas fossem tomadas pelos fungos. Os extratos foram testados também como bioinseticidas no controle de térmitas, para isso, em placas de petri foram postos papéis filtro impregnados com extratos e após adicionadas 20 térmitas ativas em cada placa, que permaneceram em incubadora a 28 ± 2 °C, 75 ± 5% de temperatura e umidade relativa do ar, respectivamente. Em cada placa foi calculada a porcentagem de mortalidade dos cupins por 2h e 24h. Adicionalmente foram confeccionados corpos de prova de 2,54 x 2,00 x 1,00 cm para ensaios acelerados de biodeterioração em laboratório frente ao fungoTrametes versicolor e amostras de 2,00 x 2,00 x 30,00cm para ensaio de campo em ambiente de floresta. As amostras para o ensaio de laboratório e de campo foram tratadas com os extratos em autoclave de laboratório por meio do método de célula vazia, sendo utilizadas testemunhas inferiores (amostras não tratadas) e superiores (tratadas com uma mistura de Cobre, Cromo e Boro-CCB). As avaliações do ensaio em laboratório, deram-se por meio da aferição da perda de massa das amostras, espectroscopia eletrônica de varredura (MEV), solubilidade em NaOH 1% e espectroscopia no infravermelho por reflectância total atenuada (ATR-IR). Já para o ensaio de campo em ambiente floresta, foram avaliadas a perda de massa, espectroscopia no infravermelho por reflectância total atenuada (ATR-IR) e flexão dinâmica. Os resultados evidenciam que todos os extratos aquosos de Hovenia dulcis e Ateleia glazioviana possuem potencial fungitóxico frente aos fungos representantes da podridão branca e parda e potencial inseticida frente às térmitas. Os extratos de Ateleia glazioviana mostraram melhor desempenho em relação aos de Hovenia dulcis, podendo vir a serem empregados futuramente como biopreservantes de madeiras.
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