Efeito toxicológico do extrato seco de Tribulus terrestris L. em ratos wistar
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Data
2018-08-16Primeiro coorientador
Nascimento, Patricia Severo do
Primeiro membro da banca
Silva, Cristiane de Bona
Segundo membro da banca
Machado, Michel Mansur
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A busca pelo corpo perfeito com objetivo de evolução imediata em performance ou para fins estéticos
está cada vez mais evidenciada pela mídia. Com isso, o uso de esteroides andrógenos anabolizantes,
como derivados sintéticos da testosterona e plantas medicinais com ação correspondente, está cada
vez maior. No contexto das plantas utilizadas para estes fins, o extrato de Tribulus terrestris L. (TT),
também conhecido como videira da punctura ou cruz de malta, é o mais popular. Este pertence à família
Zygophylaceae e tem sua origem na Índia. Alguns estudos atribuem-lhe propriedades antifúngicas,
hipoglicemiantes e afrodisíacas, também apresentando um potencial terapêutico no tratamento de
condições cardiocirculatórias e depressivas. Além disso, é popularmente utilizado devido sua relação
com a modulação dos níveis de testosterona. Portanto, é de grande importância a investigação dos
efeitos tóxicos dos agentes utilizados com a finalidade de aumento de performance física, uma vez que
o consumo indiscriminado dessas substâncias pode causar danos ao organismo. Assim, o objetivo
deste estudo foi investigar a toxicidade oral aguda e de doses repetidas do extrato seco do TT, a fim
de analisar o caráter de segurança desta planta. Na toxicidade aguda, uma única dose de 5000 mg/kg
de TT foi administrada (via oral – gavagem) em ratos Wistar fêmeas e seguiu-se as observações quanto
as mudanças de comportamento e sinais de toxicidade, durante 14 dias. No estudo de doses repetidas,
o TT foi administrado (gavagem) diariamente, por 28 dias, em ratos Wistar machos e fêmeas as doses
de 500, 750 e 1000mg/kg. Os grupos controle receberam água destilada, em ambos estudos. Durante
o período de estudo, diariamente, o peso corporal foi registrado. Ao final dos 14 (agudo) e 28 (doses
repetidas) dias procedeu-se a eutanásia, seguida das avaliações bioquímicas e enzimáticas (CAT, SOD
e TBARS) e análises histológicas. No estudo agudo, a dose de 5000 mg/kg não induziu mortalidade,
sendo TT classificado como seguro. Contudo, para o tratamento de doses repetidas alterações
significativas foram observadas em alguns parâmetros bioquímicos, histológicos, CAT, SOD e TBARS
para todas as doses administradas e em ambos os sexos. Sendo que o dano foi mais expressivo nos
machos. Estes resultados indicam que a exposição em dose única não induz toxicidade aos animais.
No entanto, a administração de doses repetidas pode ser lesiva, principalmente, ao fígado.
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