A escola gaúcha de acordeom: identidade, formação e legado de acordeonistas em narrativas (auto)biográficas
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Data
2020-11-11Primeiro membro da banca
Souza, Jusamara Vieira
Segundo membro da banca
Torres, Maria Cecília
Terceiro membro da banca
Bellochio, Claudia Ribeiro
Quarto membro da banca
Teixeira, Ziliane Lima de Oliveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta tese está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM), à Linha de Pesquisa Educação e Artes (LP4) e ao Grupo de Pesquisas
NarraMus – Autonarrativas de Práticas Musicais. O objetivo geral desta pesquisa é: investigar as
dimensões do legado dos acordeonistas Adelar Bertussi, Honeyde Bertussi, Albino Manique, Luiz
Carlos Borges, Edson Dutra e Luciano Maia na construção de uma “Escola gaúcha de acordeom”. Para
dar conta de atender o objetivo geral, constam os objetivos específicos, quais sejam: Apreender e
compreender experiências formadoras dos acordeonistas entrevistados, por meio de suas narrativas
(auto)biográficas; observar como as experiências formadoras desses acordeonistas são reveladas em
suas narrativas (auto)biográficas sobre seu legado musical; compreender como a identidade do gaúcho
influenciou na formação da “Escola gaúcha de acordeom”. A Educação Musical voltada ao surgimento
da Escola Gaúcha de Acordeom se realiza em torno de uma identificação cultural. Para endossar esta
reflexão, busco alicerce teórico no conceito de identidade, partindo das perspectivas de Dubar (2009),
em que a identidade é apresentada pelos autores como necessidade intrínseca do ser humano sob aspetos
subjetivos. O surgimento da identidade de gaúcho foi posta em reflexão em contraponto com autores
como Oliven (2006). Em uma abordagem (auto)biográfica, a metodologia adotada, neste trabalho, é a
Entrevista Narrativa, analisada a partir da Experiência Formadora, com aporte em Josso (2004). No
decorrer do presente trabalho, saliento diversos parâmetros formativos. Dentre eles, considero que os
principais sejam: a) a compreensão da formação da identidade musical, ou da identidade de músico pôde
ser notada desde a infância, quando observamos os sentidos construídos primeiro a partir de vivências,
e sequencialmente das experiências formadoras em relação à sonoridades, desde a musicalização
informal até buscas profissionais conscientes, como estudos formalizados e procura por visibilidade na
mídia. b) foi possível perceber como movimentações da mídia, de instituições e grupos de pessoas como
escritores e músicos, podem construir e influenciar identidades ligadas a regionalidades, e como a
identificação sonora é tão importante quanto a letra para que uma canção popular alcance sucesso, o que
é perceptível nas músicas puramente instrumentais. c) as inovações musicais, ao mesmo tempo que são
fundamentais para o desenvolvimento da escola gaúcha de acordeom, bem como a fomentação do
mercado musical, ocorrem dentro de um escopo sonoro identitário, o qual regula as inovações aceitas,
por vezes formando novas ramificações desta escola. Além disso, percebem-se diferentes embates
enfrentados pelos músicos profissionais em relação à legitimação da música como profissão, tanto nas
instituições de ensino como no âmbito familiar.
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