Auto(trans)formação com professoras e (re)organização curricular: desdobramentos e desafios da pedagogia da educação popular na escola pública
Visualizar/ Abrir
Data
2021-02-01Primeiro membro da banca
Zitkoski, Jaime José
Segundo membro da banca
Andreola, Balduino Antonio
Terceiro membro da banca
Piaia, Consuelo Cristine
Quarto membro da banca
Oliveira, Valeska Maria Fortes de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta tese insere-se na Linha de Pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria/RS. A investigação se propôs a estudar e compreender as (re)organizações curriculares ao longo da construção da proposta de uma escola pública que aproxima-se da pedagogia de educação popular, realizando os Círculos Dialógicos Investigativo-auto(trans)formativos como construção processual para a auto(trans)formação com professores e fortalecimento das possibilidades da educação popular na escola pública. Durante a escrita, foi necessário compreender os processos de auto(trans)formação com professoras e as (re)organizações curriculares de uma escola pública de educação básica, que se propõe a trabalhar com a pedagogia de educação popular. Para realizar a pesquisa, foram entrelaçados os conceitos de formação permanente (FREIRE, 2011a), formação docente (IMBERNÓN, 2010, 2011), juntamente com a auto(trans)formação permanente (HENZ, 2014; 2015). O trabalho traz as contribuições da pedagogia de educação popular de Freire (2014; 2013; 2011); a concepção de currículo apresentada no texto está fundamentada em Sacristán (2013), Silva (2014), Arroyo (2013) e Moreira e Silva (1995). A abordagem metodológica escolhida foi a qualitativa, fundamentada por Ghedin & Franco (2011); André (2001); Duarte (2002); Michel (2009), embasada nos Círculos Dialógicos Investigativo-auto(trans)formativos (HENZ, 2014), (FREITAS, 2015), (HENZ; FREITAS, 2015) (HENZ; TONIOLO, 2015 e 2017) que privilegiam espaços de diálogo na auto(trans)formação docente. A metodologia caracteriza-se pela pesquisa formação (JOSSO, 2004, 2010) com traços de um estudo de caso (YIN, 2005), visto que privilegia um contexto específico e busca investigar as particularidades de forma intensa. A pesquisa realizou dez Círculos Dialógicos Investigativo-auto(trans)formativos com o grupo de educadoras de uma escola estadual de educação básica de Barra Funda (RS), a fim de estudar as possibilidades e desafios da (re)organização curricular sob a ótica da pedagogia da educação popular na escola pública, com vistas à possibilidade de renovação e valorização da escola pública como um lugar para aprender, crescer, politizar-se, humanizar-se e ser feliz. A interpretação dos Círculos Dialógicos Investigativo-auto(trans)formativos foram à luz da hermenêutica (GADAMER, 1998; FLICKINGER, 2014, KRONBAUER, 2014) tendo o diálogo como contribuição para os momentos de auto(trans)formação das educadoras, coautoras da pesquisa, a partir de temáticas cotidianas e inquietantes que emergiram dos Círculos. As intervenções da pesquisadora-coordenadora na escola proporcionaram momentos propícios à conscientização de que a auto(trans)formação, atravessando momentos históricos da trajetória da escola, como a pandemia da COVID-19, greve e elaboração de pesquisa socioantropológica, contribuindo com inéditos-viáveis na construção de uma educação mais problematizadora, dialógica e humana.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: