Epidemiologia do patossistema Triticum aestivum - Pyricularia oryzae
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Data
2021-04-30Primeiro membro da banca
Guterres, Caroline Wesp
Segundo membro da banca
Maciel, João Leodato Nunes
Terceiro membro da banca
Leão, José Domingos Jacques
Quarto membro da banca
Balardin, Ricardo Silveiro
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A brusone do trigo causada pelo fungo Pyricularia oryzae triticum (PoT), é um dos principais limitantes à cultura do trigo no Brasil. Uma das principais dificuldades relacionadas ao controle da doença está relacionada às lacunas no conhecimento sobre sua epidemiologia. Inclui-se questões como o quanto PoT está sendo disseminado no país via sementes, o tempo que pode sobreviver saprofiticamente na palha de trigo, e a importância que plantas hospedeiras intermediárias desempenham, como plantas do gênero Urochloa (ex-Brachiaria). Foi objetivo do presente trabalho: (a) avaliar a importância que sementes, palha de trigo e plantas do gênero Urochloa representam como fontes de inóculo para a brusone do trigo no Brasil e (b) verificar a relação entre taxas de infecção de PoT em sementes de trigo e níveis de variáveis quantitativas vinculadas ao estabelecimento e à sanidade de plântulas. O trabalho foi conduzido na Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. Quatrocentas e uma amostras de sementes de trigo colhidas nos anos de 2017, 2018 e 2019, nos estados de GO, MG, MS, PR e RS foram submetidas a procedimentos de detecção cultural (Blotter Test) e molecular (PCR – Polymerase Chain Reaction). A sobrevivência saprofítica de PoT foi avaliada em três locais, Londrina (PR), Planaltina (DF) e Uberaba (MG). Nas safras 2018 e 2019, foram coletadas amostras de sementes de trigo em Londrina (PR), Patos de Minas (MG) e Uberaba (MG) e 66 amostras de folhas de plantas forrageiras que apresentavam sintomas atribuídos à brusone, cuja detecção foi confirmada via câmara úmida e PCR. Foi observada presença de PoT em 28,2% das 401 amostras coletadas nos estados de RS, PR, MG, GO e MS, tendo apresentado presença do patógeno em amostras de sementes de trigo, e cuja detecção molecular via PCR permitiu amplificação em amostras com 0,5% de incidência do patógeno. As taxas de emergência, incidência do patógeno, presença de sintomas, mortalidade, anormalidade e transmissibilidade em plântulas de trigo são relacionadas à taxa de infecção de PoT nas sementes. O patógeno pode sobreviver em plantas de trigo por um período de até 160 dias, nas condições subtropicais e tropicais brasileiras. Plantas do gênero Urolchoa apresentam incidência natural do patógeno. Os resultados obtidos permitem uma melhor compreensão sobre vários apectos relacionados à sobrevivência e à disseminação de PoT nas condições brasileiras de ocorrência da brusone do trigo.
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