Streptococcus equi subespécie equi: desenvolvimento de um ELISA indireto e avaliação da influência do processamento do antígeno na capacidade protetora de bacterinas
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Data
2022-03-10Primeiro coorientador
Frandoloso, Rafael
Primeiro membro da banca
Leite, Fabio Pereira Leivas
Segundo membro da banca
Libardoni, Felipe
Terceiro membro da banca
Gressler, Letícia Trevisan
Quarto membro da banca
Kreutz, Luiz Carlos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A adenite equina é uma doença altamente contagiosa, de caráter inflamatório e desenvolvimento agudo, que acomete o trato respiratório superior dos equídeos ocasionando grandes perdas econômicas e déficit no desempenho dos animais acometidos. O agente etiológico é o Streptococcus equi subesp. equi (SEE), o qual possui um variado repertório de fatores de virulência que, em conjunto, propiciam ao microrganismo a capacidade de infectar e causar doença nos equinos. Globalmente, a adenite equina é considerada a doença com maior número de notificações na espécie equina. Portanto, ferramentas que venham somar na prevenção de surtos de adenite equina são extremamente necessárias e alvo de pesquisas em diversos laboratórios. Neste estudo, um dos objetivos foi a padronização de um ELISA para detecção de anticorpos contra SEE. O antígeno utilizado foi extraído da superfície de SEE cultivado em meio líquido. Após o cultivo o meio foi centrifugado e o pellet bacteriano obtido foi solubilizado em uma solução aquosa com 0,025% de desoxicolato de sódio. Após um processo de centrifugação e diálise o antígeno foi utilizado para sensibilização de três distintas placas comerciais próprias para ensaios desta natureza. Foram avaliadas, além da melhor placa, as melhores concentrações de antígeno e diluição dos soros equinos. Após otimização, o ensaio apresentou a seguinte configuração: placas MaxiSorp®, sensibilizadas com 1,2 μg do antígeno extraído, e soros equinos testados na diluição de 1:100. Com estas configurações e um cutoff de DO450nm 0.250, o ensaio apresentou 100% de especificidade e 95,9% de sensibilidade. Um segundo objetivo do estudo foi avaliar, em camundongos Swiss, a capacidade de 4 bacterinas distintas em induzir imunidade e proteção contra o desafio pelo SEE. Para esse estudo, duas cepas distintas de SEE (ATCC e VE) foram cultivadas e o antígeno bruto (AB) ou processado (AP) produzido com cada cepa, foi utilizado como vacina, resultando em 4 formulações distintas: ATCC AB; ATCC AP; VE AB e VE AP. Quatro grupos de camundongos foram imunizados duas vezes com intervalo de 14 dias com cada uma das formulações e duas semanas após a segunda imunização, os camundongos foram desafiados com o SEE pela via intranasal. Após o desafio experimental, os camundongos foram monitorados observando-se a perda de peso, sobrevivência e colonização da cavidade nasal. Ao final do experimento, 83,3% dos camundongos vacinados com as formulações baseadas no antígeno SEE VE (AB e AP) sobreviveram ao desafio. A proteção nos grupos imunizados com vacinas à base de SEE ATCC variou de acordo com a preparação do antígeno. Com exceção da SEE ATCC AP, as demais formulações resultaram em proteção significativamente (p<0,05) superior em relação ao grupo não vacinado. Independentemente da cepa, as vacinas formuladas com AB induziram títulos de IgG elevados em comparação com as vacinas contendo AP. A formulação baseada na cepa SEE VE AB foi significativamente mais imunogênica.
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