Efeitos benéficos do ácido rosmarínico em modelos de atividade epileptiforme in vivo e in vitro induzidos por pilocarpina
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Data
2021-12-17Primeiro membro da banca
Sari, Marcel Henrique Marcondes
Segundo membro da banca
Zanchet, Eliane Maria
Metadata
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A epilepsia é uma condição neurológica crônica marcada por ocorrência de crises epilépticas que acarretam enorme prejuízo à qualidade de vida dos pacientes afetados. Assim, o entendimento das bases moleculares responsáveis pelo desenvolvimento da epilepsia e comorbidades associadas é de fundamental importância. O status epilepticus (SE) é um tipo grave de convulsão que geralmente é difícil de controlar e pode levar a morte. O ácido rosmarínico (AR) tem sido relacionado a diversas atividades biológicas, incluindo ação antioxidante e anti-inflamatória. Nesse sentido, o presente estudo avaliou o potencial efeito benéfico do ácido rosmarínico em modelos de atividade epileptiforme induzido por pilocarpina in vivo e in vitro. Para isso no modelo in vivo o SE foi induzido em camundongos machos C57BL / 6 utilizando baixas doses de pilocarpina (100mg/kg/i.p.), que receberam AR (30 mg / kg / v.o.) 1, 24 e 48 h após o término do SE, avaliamos atividade neuromotora por neuroescore e os níveis de proteínaa carbonil no córtex. Usando um modelo in vitro em combinação córtex entorrinal-hipocampo de ratos Wistar, avaliamos os efeitos da AR (10 μg / ml) na liberação de lactato e análogo fluorescente de glicose 2-NBDG após incubação em aCSF de alto potássio suplementado ou não com pilocarpina, avaliamos a expressão de proteínas por dot blot e western blot. O tratamento com AR atenuou o comprometimento neuromotor em 48h e diminuiu os níveis de proteínas carboniladas. Em ambos os modelos in vitro, AR foi capaz de diminuir a liberação de lactato estimulada das fatias, enquanto nenhum efeito sobre a captação de 2-NBDG foi encontrado. Os modelos in vitro não induziram alterações nos marcadores de estresse oxidativo, bem como o AR sozinho não teve nenhum efeito. Os resultados sugerem que o AR é um bom candidato complementar na terapia da epilepsia, visto que ele apresentou efeitos benéficos em modelo de atividade epileptiforme in vitro e in vivo.
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