Respostas fisiológicas de gramíneas de cobertura de solo submetidas ao excesso de manganês e cobre e sua interação com videira
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Data
2022-03-22Primeiro membro da banca
Brunetto, Gustavo
Segundo membro da banca
Schmidt, Denise
Terceiro membro da banca
De Conti, Lessandro
Quarto membro da banca
Marques, Anderson Cesar Ramos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O manganês (Mn) e cobre (Cu) são micronutrientes que vem apresentando aumento relevante de suas concentrações no solo em áreas de vinhedos, onde tem-se aplicação constante de fungicidas contendo esses elementos. O estudo objetivou avaliar respostas fisiológicas e bioquímicas de gramíneas de cobertura de solo sob condições de excesso de Mn e sob combinação com excesso de Cu, bem como seu potencial de atenuar a toxidez desses metais em plantas de videiras. Para isso, foram conduzidos três experimentos em casa de vegetação. O experimento 1 foi conduzido em solução nutritiva com excesso de Mn (2 [controle], 300, 600 e 900 μM) em diferentes espécies de gramíneas de cobertura de solo (Paspalum notatum, Paspalum plicatulum, Avena strigosa e Lolium multiflorum). O experimento 2 foi conduzido em solução nutritiva com as mesmas espécies e com interação de excesso de Cu e Mn. Para isso, foram testadas combinações contendo concentrações baixas e altas de Mn (300 e 900 μM), e Cu (0,5 e 40 μM), respectivamente. O experimento 3 foi conduzido em solo com excesso de metais pesados e em três sistemas de cultivo de videiras (videira em monocultivo, videira em consórcio com Paspalum notatum e videira em consórcio com Paspalum plicatulum). Nos experimentos foram avaliados: produção de biomassa e taxas de crescimento, distribuição subcelular de Mn, fluorescência de clorofila a, trocas gasosas da folha com o ambiente, pigmentos fotossintéticos, atividade de enzimas antioxidantes, biometria do sistema radicular, densidade estomática e concentrações de nutrientes nos tecidos das plantas. As gramíneas apresentaram potencial de tolerância ao Mn, com elevadas concentrações nos tecidos, principalmente em parede celular e vacúolos. Contudo, Lolium multiflorum apresentou sintomas de toxicidade ao excesso de Mn, caracterizados pela presença de manchas necróticas marrons em folhas velhas, bem como algumas variáveis fisiológicas foram afetadas. O excesso de Cu é potencialmente mais tóxico que o Mn, afetando diversas respostas fisiológicas nas gramíneas, bem como promove a inibição do crescimento radicular e clorose foliar. No cultivo em consórcio no solo contaminado com metais pesados, a espécie de gramínea Paspalum notatum se mostrou mais sensível ao excesso dos elementos, a partir do aparecimento de clorose foliar. Entretanto, o consórcio de videiras com Paspalum notatum favoreceu as respostas de fotossíntese das videiras e reduziu a concentração dos metais nos tecidos. Portanto, a espécie de Paspalum notatum pode ser vista com uma planta indicadora de solos contaminados e recomenda-se a manutenção de gramíneas nativas nas entrelinhas dos vinhedos, em função do potencial de fitoestabilização e conservação das espécies nativas do bioma Pampa, no sul do Brasil.
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