Agora é samba! Saberes afro-passistagógicos de mulheres gaúchas
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Data
2022-06-24Primeiro membro da banca
Alcântara , Celina Nunes de
Segundo membro da banca
Silva , Denise do Espírito Santo da
Terceiro membro da banca
Soares, Maria Andrea dos Santos
Quarto membro da banca
Oliveira , Vitor Hugo Neves de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente estudo foi realizado durante os anos de 2018 a 2022 com Passistas Negras Gaúchas, buscando compreender como ocorrem as suas Pedagogias em dança, as quais são denominadas nesta pesquisa de Passistagogias. Para a realização deste estudo foi criado um método de pesquisa voltado para Mulheres Negras, o qual é embasado por quatro etapas: conhecer, ouvir, ver e aprender. Presume-se que somente após estas etapas é possível adquirir um verdadeiro saber acadêmico sobre Mulheres Negras. Investigou-se como as Mulheres Negras se tornam Passistas sobretudo por meio da família e de outras Mulheres Negras do ambiente de sociabilidade sambista. Constatou-se que existe uma correlação entre ser Passista e ser Rainha ou Madrinha do Carnaval, bem como da Bateria. Percebeu-se um empoderamento adquirido por meio do samba, e em contrapartida um preterimento nas relações amorosas pelo fato de serem Passistas. Considerou-se que cada Passista possui a sua Passistagogia, a qual está de acordo com as suas vivências e identidades. Contudo, notou-se que muitas vezes a Passistagogia ocorre sem uma intenção, mas como exemplo, em razão de que o fato de estar sambando em uma Escola de Samba em muitos casos é suficiente para estimular outras Mulheres Negras a tornarem-se Passistas. Entendeu-se que a Escola de Samba é o melhor ambiente para o aprendizado do samba, sobretudo pela presença da batucada a qual possui uma íntima relação com a dança, uma característica marcante das manifestações afro-brasileiras. Constatou-se que mesmo com um número crescente de coreografias nos últimos anos, a criatividade e o improviso continuam sendo um dos pontos principais do Samba-Passista. Por fim, observou-se que além de ser uma carreira curta, há uma desvalorização do trabalho da Passista, a qual não consegue se suster somente com a sua atuação. Assim sendo, as Passistas gaúchas em sua maioria sambam por amor, com pouco ou sem nenhum retorno financeiro.
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