Análise da fadiga neuromuscular de adultas-jovens e idosas
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Data
2023-10-24Primeiro membro da banca
Souza, Evanice Avelino de
Segundo membro da banca
Lemos, Luiz Fernando Cuozzo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Objetivo: Analisar a fadiga neuromuscular de mulheres adultas-jovens e idosas, durante o teste de saltos verticais contínuos. Materiais e métodos: Os grupos foram compostos por adultas jovens e idosas. Para mensurar a atividade elétrica muscular foram utilizados eletrodos de superfície na configuração bipolar, posicionados paralelamente e separados por 20 mm. Os eletrodos foram posicionados longitudinalmente e no sentido das fibras musculares dos músculos: vasto lateral, bíceps femoral, reto femoral e gastrocnêmio medial, de acordo com as recomendações da SENIAM (Surface EMG for Non-Invasive Assessment of Muscles). Um eletrodo de referência foi posicionado sobre a face anterior da tíbia. Para aquisição do sinal EMG dos músculos foi utilizado um eletromiógrafo, com quatro canais de entrada operando na frequência de 2000 Hz. Os sinais brutos da eletromiografia (EMG) foram filtrados por um filtro passa-banda de 20 a 500 Hz de 5ª ordem. Posteriormente, foram calculados os valores de frequência mediana do sinal EMG através dos primeiros e dos últimos cinco segundos, de um teste de fadiga com um protocolo saltos verticais contínuos com duração total de 30 segundos. Neste teste as participantes realizaram o maior número de saltos verticais possíveis sobre um tapete de contato CEFISE®, que por sua vez estava conectada a um computador que calculou o tempo de voo, a altura obtida e a potência exercida no tapete. A técnica aplicada foi o Counter Movement Jump, sem ajuda dos membros superiores. Os dados de EMG e do tapete foram sincronizados. Os dados foram submetidos à estatística descritiva. Foi verificada a normalidade na distribuição dos dados por meio do teste de Shapiro-Wilk, a homogeneidade por meio do teste de Levene. Para as comparações na caracterização dos grupos e nas variáveis relacionadas aos saltos, entre os grupos distintos, foi utilizado o teste t para amostras independentes. Nas comparações dentro do mesmo grupo foi utilizado o teste t pareado. O nível de significância para todos os testes foi de 5%. Os resultados mostraram que o grupo de mulheres jovens obteve maiores médios no desenvolvimento de saltos (altura e potência bruta e normalizada) do que mulheres idosas. Contudo, as mulheres idosas, apesar deste menor desempenho, apresentaram uma ativação neuromuscular igual (vasto lateral, reto femoral e gastrocnêmio medial) ou superior (bíceps femoral) do que o grupo de jovens, de modo a apresentar a fadiga do músculo bíceps femoral. Por fim, em relação a comparação da ativação neuromuscular dentro de um mesmo grupo (cinco primeiros X cinco últimos), as jovens apresentaram diferenças nos músculos reto femoral e gastrocnêmio medial, com valores superiores para os saltos iniciais. Para o grupo de idosas, os músculos que apresentaram diferenças (maiores valores nos saltos iniciais) foram o vasto lateral, reto femoral e gastrocnêmio medial. Diante disto, o uso da EMG surge como um método que pode contribuir para a melhor compreensão do sistema muscular, como em protocolos de fadiga neuromuscular.
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