Popularização da ciência na revista Nova Escola: a comodificação do discurso sobre ensino de inglês
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Data
2015-12-18Autor
Bevilaqua, Raquel 
Primeiro orientador
Roth, Désirée Motta
Primeiro membro da banca
Heberle, Viviane Maria
Segundo membro da banca
Beato-canato, Ana Paula Marques
Terceiro membro da banca
Reis, Susana Cristina dos
Quarto membro da banca
Pinton, Francieli Matzenbacher
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta tese de doutorado foi desenvolvida no âmbito dos projetos CNPq Análise crítica de gêneros com foco em artigos de popularização da ciência (MOTTA-ROTH, 2007) e Análise crítica de gêneros discursivos em práticas sociais de popularização da ciência (MOTTA-ROTH, 2010), referentes à análise crítica de gêneros de popularização da ciência. A popularização da ciência (PC) envolve um complexo processo de recontextualização do discurso científico na mídia de massa, o qual é materializado em diferentes gêneros discursivos, como a notícia e a reportagem de PC (MOTTA-ROTH, 2009). Nesse processo, o jornalista mediador apropria-se e reelabora o conhecimento produzido por especialistas para o público não especialista, fazendo uso de diferentes estratégias, como a reformulação (HYLAND; 2007; LOVATO, 2010; GERHARDT, 2011). O objetivo deste estudo é analisar o processo de popularização do discurso sobre ensino e aprendizagem de inglês na mídia por meio da análise das estratégias de reformulação. Para esta investigação, foram selecionados dois corpora: artigos acadêmicos sobre aprendizagem de línguas, publicados em periódicos brasileiros da área de Linguística Aplicada, cujo objetivo foi mapear as conversações contemporâneas (GEE, 2001) sobre a questão; e reportagens didáticas sobre ensino de inglês, publicadas na revista Nova Escola online. O resultado da análise do primeiro corpus indicou três conversações mais recorrentes: Perspectiva crítica, Multiletramentos e Gêneros discursivos, que apontam para uma educação linguística pautada no uso criticamente informado da linguagem enquanto sistema sociossemiótico complexo, e no papel do professor de escola como um agente de (multi)letramentos críticos. A análise do segundo corpus indicou divergência das conversações contemporâneas em dois aspectos principais: linguagem concebida como lexicogramática, e o professor de escola posicionado como consumidor de receitas de conduta. A perspectiva teórico-metodológica que embasa este estudo é a Análise Crítica de Gênero (MEURER, 2001; MOTTA-ROTH, 2008), perspectiva interdisciplinar que reúne a Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2003, 2001), a Sociorretórica (MILLER, 1984, SWALES, 2004; BAZERMAN, 2005) e a Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; HASAN, 1989; HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004).