Avaliação não-paramétrica de desempenho do setor bancário brasileiro
Resumo
O presente estudo avalia o desempenho econômico e financeiro dos 50 (cinqüenta) maiores bancos que atuam no Brasil, por meio da Análise Envoltória de Dados (DEA) aplicada às Demonstrações Contábeis e a outros dados relevantes. Essa ferramenta determina a eficiência relativa de cada unidade em análise, considerando os retornos de escala constante e variável, através da comparação de cada empresa com as de melhor desempenho. Esse método congrega um conjunto de variáveis, as quais são envolvidos em uma fórmula específica, produzindo um único índice de eficiência o qual localiza a empresa sobre a linha de eficiência ou abaixo dela. A partir daí são desenvolvidos os cálculos para projetar as unidades ineficientes até a linha de eficiência onde se encontram as melhores referências do setor bancário. Os resultados obtidos permitem concluir que através da Análise Envoltória de Dados são obtidos melhores subsídios para a tomada de decisão, pois, além evidenciar o desempenho de cada banco, mostra quais são os pontos críticos daqueles ineficientes, apontando as melhorias necessárias. Na comparação com a análise financeira e de balanços tradicional, a DEA mostrou-se mais flexível pelo fato de permitir que o desempenho seja medido através de uma fórmula composta pelas variáveis que mais interessam ao analista, ponderando-as de acordo com sua importância dentro do setor. Os modelos DEA permitem que se estabeleça uma otimização na relação produtos/insumos visando o aumento dos fatores positivos (produtos) ou a redução dos fatores negativos (insumos). Considerando as informações disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil, o modelo DEA proposto foi orientado para a maximização dos produtos. Para a obtenção dos resultados, o grau de eficiência foi determinado extraindo-se a proporcionalidade entre a capacidade de geração de receita de cada banco (principais produtos), com o patrimônio líquido e o número de funcionários (principais insumos).