Biomarcadores enzimáticos e ecotoxicidade por cobre em Eisenia andrei (Bouché 1972)
Resumo
O uso indiscriminado de insumos agrícolas pode causar a poluição dos solos, comprometendo a flora, fauna e as relações ecológicas. Dentre os insumos químicos utilizados na agricultura, destaca-se a calda bordalesa. Sua intensa utilização resulta em uma adição considerável de cobre ao solo, podendo causar danos aos organismos expostos. O presente estudo teve como objetivo determinar os efeitos toxicológicos de diferentes doses de cobre: 0, 35, 70, 105, 140 e 175 mg.Kg-1 aplicado ao solo, na biomassa e reprodução das minhocas Eisenia andrei, através dos testes ecotoxicológicos assim como os efeitos da exposição a nível enzimático antioxidante, através das enzimas catalase e glutationa S-transferase (CAT e GST), sobre biomarcadores de neurotransmissão como a acetil-colinesterase (AChE) e na peroxidação lipídica da membrana celular através dos níveis de malondialdeído (MDA). Os resultados ecotoxicológicos, evidenciaram que as maiores doses de cobre testadas, (140 e 175 mg.Kg-1) foram tóxicas, pois as minhocas apresentaram redução média na biomassa e no número de casulos. Em relação aos níveis enzimáticos, foi observado um incremento na atividade das enzimas glutationa-S-transferase, como mecanismo de defesa antioxidante. O aumento significativo nos níveis de MDA observados e a inibição da atividade da acetil-colinesterase, indicam a ocorrência da peroxidação lipídica da membrana celular e alterações na neurotransmissão em decorrência do estresse oxidativo ocasionado pela presença do metal.