Avaliação físico-hídrica de um latossolo vermelho em pastagem de Jiggs manejada sob diferentes intensidades de pastejo
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Data
2016-02-19Autor
Rupollo, Carlos Zandoná
Primeiro membro da banca
Fiorin, Jackson Ernani
Metadata
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As pastagens perenes de verão surgem como uma excelente opção de forrageira para alimentação do gado, fato esse que tem impulsionado a produção de leite no Rio Grande do Sul. Todavia, a falta de controle da carga animal aliada a intensidades de pastejo elevada tem contribuído com a degradação das pastagens e perda da qualidade do solo. O estudo foi desenvolvido numa propriedade rural no norte gaúcho, sendo que a forrageira utilizada foi o Jiggs (Cynodon dactylon) e o método de manejo adotado foi o pastejo rotacionado, contemplando um ciclo de produção de 268 dias. Os tratamentos foram compostos de distintas intensidades de pastejo em blocos ao acaso e contaram com quatro repetições as quais constituíram os seguintes tratamentos: T1= intensidade de 0%, T2= 30%, T3= 50% e T4= 70%. A área experimental estava disposta dentro de uma área total de 1.760 m2, onde foram distribuídos 16 piquetes (4 tratamentos x 4 repetições) com dimensões iguais a 100 m2 cada (10 x 10 m). A produção da forrageira Jiggs não apresentou diferença estatística com relação aos tratamentos, sendo que a produção decresce com o fim do ciclo produtivo, em contrapartida, a maior concentração de folhas foi encontrada no fim do ciclo de pastejo influenciada pela altura das plantas. Ocorreu redução com relação ao comprimento e densidade de raiz com aumento da profundidade sendo que a intensidade de pastejo igual a zero, apresentou a menor densidade média com relação as demais intensidades. A permeabilidade do solo ao ar (Kar) equilibrado à tensões de 6 e 100 kPa não obteve diferença estatística entre as intensidades de pastejo e a profundidade nos períodos de Pré Pastejo e no Pós Pastejo 1. A camada de solo de 0-5 e 5-10 cm foi a única que sofreu influencia dos tratamentos na Ksat e Kar à tesões de 6 e 100 kPa, ocorrendo redução do fluxo de ar e água nos períodos de pastejo Pós 3 e 5. A intensidade de pastejo altera significativamente a densidade de solo bem como a macroporosidade e porosidade total nas camadas de 0-5 e de 5-10 cm. a intensidade de 0% obteve valores médios crescentes de densidade conforme o aumento da profundidade, no entanto, o tratamento 4 obteve valores médios decrescentes no decorrer das profundidades, onde a camada de 0-5 cm apresentou densidade de 1,49 g cm-3. No decorrer do ciclo de pastejo, observou-se de modo geral que a microporosidade manteve-se praticamente constante. Em síntese, a produção de forragem não apresentou diferença estatística com relação às intensidades de pastejo, as raízes se concentram na camada de 0-5 cm e o pisoteio animal influencia na densidade de raiz. De modo geral, os períodos de pastejo influenciaram a Kar, Ksat e densidade do solo nas camadas superficiais do solo e a micro, macro e porosidade total foram influenciadas principalmente pelos períodos de pastejo Pós 3 e 5.