Proposta pedagógica para o ensino médio do estado do Rio Grande do Sul - gestão 2011/2014 - e sua relação com a educação física e o mundo do trabalho
Resumo
O presente estudo parte da Proposta Pedagógica para o Ensino Médio Politécnico e Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio do Estado do Rio Grande do Sul- gestão 2011/2014. Analisamos as características das mudanças da referida proposta e suas implicações para o ensino da Educação Física. Para tanto usamos a base teórica do Materialismo Histórico Dialético e como técnica de pesquisa a análise documental e bibliográfica. Seguimos um caminho que nos possibilitou visualizar a tríade Concreto-Abstrato-Concreto em que no Primeiro Capítulo - Concreto - apresentamos a Proposta Pedagógica para o Ensino Médio do Estado do Rio Grande do Sul - gestão 2011/2014, através de aproximações preliminares; No Segundo Capítulo - Abstrato - realizamos análises bibliográficas referente às categorias Trabalho e Educação, Trabalho como Princípio Educativo, Politécnica; Educação Física. No Terceiro Capítulo - Concreto - apresentamos as sínteses finais, a Proposta Pedagógica para o Ensino Médio do Estado do Rio Grande do Sul - gestão 2011/2014, e suas implicações para o ensino da Educação Física. Salientamos que nessas sínteses finais são apresentadas, também, as nossas considerações finais. Sintetizamos, que com o objetivo de acompanhar as mudanças no mundo do trabalho, a escola também se reestrutura, pois existe a necessidade de que haja a garantia de que a transmissão das competências flexíveis habilitem os indivíduos a lutarem pelas poucas vagas disponíveis no mercado de trabalho. Neste cenário, cabe à educação assegurar que o desenvolvimento das competências assegurem o aprendizado ao longo da vida, sendo que isso se configura como a categoria principal na pedagogia da acumulação flexível. Configurado assim, cabe ao mercado regular os caminhos que serão seguidos pela educação escolar, atendendo aos interesses de curto prazo do capital. Neste processo, a atual reforma no E.M. tem como base os parâmetros dos Organismos Internacionais, na medida em que sustenta que a capacidade de fazer passa a ser substituída pela intelectualização das competências demandando raciocínio lógico formal, domínio das formas de comunicação, flexibilidade para mudar, capacidade de aprender permanentemente e resistência ao estresse e sob a defesa do trabalho como princípio educativo e a politécnica, contribui fortemente para materializar essa lógica. O ensino da EF enquanto politécnico e tendo o trabalho como princípio educativo, porém adaptado às novas configurações exigidas pelo mercado de trabalho, é baseado nas experiências valorativas que os conteúdos têm para os alunos e dentro
da lógica da pedagogia das competências, as experiências próprias se sobressaiam perante os demais conhecimentos, ganhando assim uma dimensão que vai além de seus próprios limites e, neste caso, carecendo de uma mediação com o conhecimento científico e elaborado. Mais uma vez, a EF, através de modificações em seu conteúdo e em sua formulação metodológica, opta em contribuir para a formação de um trabalhador perfeitamente adaptável à lógica do sistema.