Exposição do professor substituto da saúde ao estresse no trabalho
Resumo
Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa. Tem como objetivo investigar o estresse ocupacional dos professores universitários em cargos
temporários no Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Santa Maria, a partir do modelo demanda-controle proposto por Karasek (1979). A coleta dos dados se deu pelo preenchimento, por parte do professor, de um protocolo de
pesquisa, dividido em duas partes: a primeira continha os elementos para a caracterização da população, e a segunda consistia na versão resumida da Job Stress Scale. A população constituiu-se de 25 professores substitutos alocados em 12 departamentos do Centro de Ciências da Saúde. Observou-se predomínio do sexo feminino (56%), com idade média de 27 anos, sem companheiro (60%) e sem
filhos (56%). A maioria possui curso de pós-graduação (60%), ocupa o cargo de sete meses a um ano (60%), possui dois ou mais empregos (56%) e cumpre carga horária semanal total de 60 horas (52%). Quanto às variáveis demanda e controle,
56% dos professores obtiveram escores compatíveis com alta demanda e 60% com baixo controle sobre o seu trabalho. No que se refere a variável apoio social, 68% obteve escores de baixo apoio social, sendo que, 40% dos professores refere baixo apoio social e baixo controle sobre o trabalho. Verificou-se relação entre ser homem, ter baixo apoio social e baixo controle sobre o trabalho. Observou-se que 36% dos
professores encontram-se na situação de alto desgaste. Diante do exposto, os resultados deste estudo confirmam a primeira hipótese do modelo de Karasek, o que pode configurar em maior exposição dos professores ao estresse.