Aprendizagem organizacional como ferramenta de competitividade da empresa Irmãos Seibert & Cia Ltda.
Resumo
O objetivo desta dissertação foi investigar como os fatores inerentes à aprendizagem organizacional, expostos no modelo da quinta disciplina de Peter M. Senge, foram adotados na empresa Irmãos Seibert & Cia. Ltda. Esta empresa foi
escolhida por ser de pequeno porte, do segmento industrial, que possui um diferencial evolutivo interessante ao longo do tempo. A importância deste estudo justifica-se por que a complexidade do contexto atual em constante mudança, em
decorrência do processo de globalização econômica e social, tem exigido das organizações, habilidades diferentes daquelas privilegiadas na era das organizações mecanicistas. A busca de alternativas de desenvolvimento, através da adoção de
práticas inovadoras indispensáveis para sobrevivência às mudanças impostas por um mercado altamente competitivo, passa pela aprendizagem, que se tornou uma das habilidades-chave para sobrevivência e desenvolvimento das organizações. Dentre os modelos gerenciais que se apresentam, visando melhorar as capacidades de aprendizagem das organizações, destaca-se o modelo da quinta disciplina, pela sua ênfase no elemento humano nas organizações, utilizando como pressuposto, que as organizações são em essência, produto do pensar e interagir dos seus membros. Dessa forma, adotou-se como método de investigação o estudo de caso, que possibilitou explorar aspectos qualitativos relativos à aprendizagem na
organização, onde os dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada, realizada com a direção da empresa e questionários estruturados aplicados à
direção e funcionários da organização. Para obter o resultado neste trabalho, os dados foram comparados e analisados à luz do modelo das cinco disciplinas e outros conceitos correlatos ao tema, constantes da base teórico-empírica. Nesse
sentido, a pesquisa revelou que os preceitos teóricos das organizações de aprendizagem, estão implícitos em todos os níveis da organização, embora informalmente. A falta de um profissional do conhecimento para a formalização para
a aprendizagem organizacional, verificado na pesquisa, se entende como fator limitador da criação e disseminação do conhecimento organizacional.