Funcionalidade e qualidade de vida: impacto da internação em unidade de terapia intensiva
Resumo
Introdução: A hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), geralmente resulta em declínio funcional e da qualidade de vida. Riscos de sequelas a longo prazo decorrem de fatores que envolvem a doença, tratamento realizado e repouso no leito. Objetivo: Verificar o impacto da internação em UTI na funcionalidade e qualidade de vida de pacientes egressos dessa unidade. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte prospectivo, com 15 pacientes provenientes da UTI Geral Adulto do Hospital Universitário de Santa Maria, de janeiro a abril de 2015. A avaliação da funcionalidade foi realizada pela Medida de Independência Funcional (antes da UTI, na alta imediata e após 30 dias), a avaliação da qualidade de vida pelo questionário SF-36 (após 30 dias) e dados clínicos relativos à internação coletados a partir dos prontuários. Resultados: A média de idade foi 43,20±16,92 anos, predominaram causas de internação neurológicas, o tempo de ventilação mecânica foi de 14(9-14) dias e de UTI foi 15,80±7,16 dias, todos apresentaram complicações. Antes da UTI os pacientes eram independentes, após a alta imediata houve um declínio e após 30 dias houve melhora, mas ainda compreendendo dependência. A qualidade de vida foi afetada no decorrer dos 30 dias após a alta, especialmente os domínios do SF-36 capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor e aspectos sociais. Conclusão: A internação em UTI afetou negativamente a funcionalidade, principalmente na alta imediata. Após 30 dias os indivíduos apresentaram melhora, em partes, podendo atribuir à fisioterapia. Entretanto, alguns déficits ainda permaneceram, afetando também a qualidade de vida.
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