Mapeamento de áreas de suscetibilidade e risco de inundação de trecho do rio Uruguai no município de São Carlos - SC
Resumo
A partir da problemática que representam as inundações de áreas ribeirinhas, principalmente quando o rios costeiam áreas urbanas, o presente estudo teve por objetivo analisar os dados de cheias do rio Uruguai à jusante da UHE Foz do Chapecó, com intuito de mapear as áreas de suscetibilidade e risco de inundação na margem direita do rio, no município de São Carlos-SC. Foi utilizado como ferramenta base o Modelo Digital do Terreno produzido e disponibilizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDS), buscando com o mapeamento que os resultados sirvam como ferramenta no desenvolvimento de políticas públicas para gestão territorial e ações em casos de sinistro. Para o desenvolvimento do mapa de suscetibilidade foi realizado o cruzamento entre classes de declividade e cotas de nível atingidas em diferentes Tempos de Retorno de inundação. Para o mapeamento de risco, foram utilizadas adaptações de metodologias de cartografia desenvolvidas em alguns trabalhos realizados no Brasil que relacionam componentes naturais como cotas de nível atingidas por inundações com diferentes tempos de retorno, com componentes antrópicas relacionadas a uso e ocupação do solo. No mapeamento de suscetibilidade, predominaram as áreas de baixa suscetibilidade (45,8 %). Já áreas apontadas como de Muito Alta Suscetibilidade representam 4,6 % e Alta Suscetibilidade 11,3 % da área estudada, e indicam não ser propícias à ocupação. Em relação ao mapeamento de risco, foi possível concluir que devido às características morfológicas e geológicas, uma metodologia apresentou resultados mais significativos, por considerar a espacialização dos domicílios localizados em zonas de inundação atingidas por vários Tempos de Retorno. De acordo com o mapa de Risco, no Bairro Águas do Prata as habitações alocadas em zonas de inundação com tempo de retorno de 20 e de 74 anos não correm Alto e Muito Alto Risco. Em relação às casas que se encontram em zonas de inundação com tempo de retorno com 2 anos, 28,18 % apresentam Muito Alto Risco, enquanto que 72,96 % das habitações localizadas em zonas de inundação com probabilidade de 5 anos de retorno no mesmo bairro estão em área de Alto Risco. A outra metodologia pode ser indicada para áreas mais planas, onde os vales são menos profundos e as inundações de Tempos de Retorno menores que 5 anos atingem áreas maiores, com maior número de habitações.
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