Efeito da compactação do solo na produtividade da cultura da soja (Glycine max L.)
Resumo
O uso de técnicas para a descompactação de solos tem crescido ano a ano em um planeta onde a demanda de alimentos é maior a cada dia. Nesse contexto, o Brasil vem se consolidando como um dos principais produtores de alimentos para atender a essa demanda, sendo a soja a principal cultura de grãos cultivada no país e uma das grandes responsáveis pelo resultado econômico e pelo destaque do agronegócio brasileiro. Visando cada vez mais uma produção crescente dessa importante cultura, técnicas de descompactação de solo têm sido utilizadas constantemente. A compactação do solo ocorre em decorrência de vários fatores: integração da lavoura-pecuária, intensificação de cultivos, utilização de máquinas cada vez maiores e mais pesadas, realização de operações com nível inadequado de umidade do solo. A soma desses fatores resulta em um adensamento do solo, o qual restringe a infiltração e armazenamento de água, ocasiona enxurradas e limita o desenvolvimento da estrutura radicular das culturas implantadas. Ao promover a descompactação do solo seja através de métodos biológicos ou mecânicos, as condições físicas do solo tornam-se mais adequadas ao desenvolvimento das culturas, possibilitando uma melhor infiltração de água no solo e uma melhor distribuição da estrutura radicular da planta no solo, aumentando a capacidade da planta de tolerar períodos de estresses hídricos. No ensaio em questão, foi utilizado um quadriciclo que contava com a medição da compactação de solo através do sistema automatizado para medição. Com base nesta informação foi realizado manejo de escarificação em uma área que apresentava alta resistência a penetração do solo e escarificada uma área que apresentava baixa resistência a penetração. Tornou-se possível observar que esse manejo trouxe um incremento de 3,2% de produtividade de grãos na área de alta resistência a penetração e de 12,3% na área de baixa resistência a penetração, porém sem diferença estatística. Ao observar o efeito da escarificação em cada zona de resistência a penetração de solo distinta, o efeito produtivo mais positivo na zona de baixa resistência a penetração se deve ao fluxo preferencial de água da área assim como uma maior área de captação de água, concluindo que para uma escarificação sítio-específica deve ser atrelado o mapeamento de fluxo acumulado de água ao mapeamento de resistência a penetração do solo para assim realizar um trabalho realmente eficiente.
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