Linguagem dos jovens, cultura escolar e gestão democrática: um estudo sobre a diversidade
Resumo
Este trabalho monográfico, de caráter qualitativo, tem por objetivo problematizar as
possibilidades, as contradições e os benefícios da participação dos jovens na gestão
escolar, sob a perspectiva da diversidade da linguagem dos alunos e da
necessidade de tê-la como base para a escolarização de jovens em uma proposta
de gestão democrática. A pesquisa questiona: como a diversidade lingüística é
tratada na escola básica? A investigação foi desenvolvida em uma escola do
Sistema Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul (Colégio Professora Edna May
Cardoso), situada no Município de Santa Maria, e teve como sujeitos entrevistados
quatro discentes (uma garota e três rapazes) e como sujeitos citados duas
professoras da segunda etapa Ensino Fundamental e do Ensino Médio, durante os
anos de 2006 e 2007. A metodologia utilizada foi a de pesquisa participante, com
observações nas aulas e nas reuniões pedagógicas e com entrevistas semiestruturadas
e coletivas aplicadas aos discentes, analisadas com base no referencial
teórico dos campos de conhecimento sociológico e lingüístico. A análise é construída
no confronto entre as propostas atuais de gestão democrática, presentes no Projeto
Político Pedagógico da Escola e com a legislação atual sobre educação, e o ponto
de vista dos discentes sobre os usos da linguagem na escola. Observou-se na
pesquisa que existe preconceito em relação à linguagem do alunado, o qual não se
sente à vontade diante de seus colegas e dos professores para participar nas
atividades escolares. Evidencia-se que a equipe de professores da gestão escolar
na escola básica não está preparada para tratar com eqüidade a diversidade
lingüística.
Coleções
- Gestão Educacional [294]