“Uma família chamada Brasil”: família e política na ditadura do Estado Novo (1937-1945)
Resumo
Este trabalho, filiado a linha de pesquisa de mestrado “Cultura, Migrações e Trabalho”, do
Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Maria, buscou
compreender as estratégias políticas utilizadas pela Ditadura do Estado Novo, (1937-1945),
em relação à família. Para isto, se elaborou um arquétipo teórico denominado “concepção
político-social”. Esta construção teórica teve como propósito entender as ações utilizadas pela
política do Estado Novo em relação à família, dentro três marcos fundamentais. Em primeiro
lugar, de um contexto autoritário, que se manifestou através da estruturação institucional do
Estado e de suas ações repressivas. Em segundo lugar, de um ostensivo discurso de
reconstrução nacional, o qual exibiu como pressuposto central a união nacional através dos
princípios do trabalho, da ordem e do nacionalismo, condição conjunta que propiciou,
também, a normatização de hábitos circunscritos no ambiente da família. Por fim, a relação
política entre o Estado e a família. Esta relação se referiu às implicações eminentemente
políticas que um conceito polissêmico como o de família pôde proporcionar a determinado
modo de governo autoritário. Desde a construção da simbologia de Getúlio Vargas enquanto o
“Pai da nação”, até mesmo ao que se referiu a retórica de união nacional através da ideia de
“família brasileira”. Com a finalidade de tornar inteligível esta relação, os dispositivos
jurídicos e políticos do Estado, bem como os discursos de Getúlio Vargas e Marcondes Filho,
estiveram entre o rol de documentos investigados.
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