Otimização de protocolo de estabelecimento in vitro de duas cultivares de oliveira
Resumo
O amplo consumo dos produtos da oliveira, a azeitona de mesa e o azeite de oliva, têm demonstrado que a espécie possui elevado potencial, atraindo o interesse de produtores nacionais e internacionais. Para isso, a cultura de tecidos vegetais apresenta-se como uma técnica viável de produção de mudas em curto tempo e espaço, garantindo homogeneidade e qualidade fitossanitária das plantas produzidas, além de ser uma oportunidade de aperfeiçoar os processos de melhoramento genético e propagação desta espécie. Porém plantas lenhosas como a oliveira apresentam dificuldades no estabelecimento in vitro devido principalmente à contaminação e oxidação, o que torna necessária a adoção de técnicas eficientes de assepsia e controle da oxidação dos explantes nessas condições. Dessa forma o objetivo do primeiro experimento foi desenvolver um protocolo de estabelecimento in vitro a partir de segmentos nodais de duas cultivares de oliveira desinfestados em diferentes concentrações de hipoclorito de sódio, isolados em meio WPM suplementado com diferentes concentrações de BAP (6-benzilaminopurina). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualisado, em esquema fatorial 2x3x3, sendo duas cultivares de oliveira (Arbequina e Koroneiki), três concentrações de hipoclorito de sódio (0,6; 0,8 e 1,0% de cloro ativo) e três concentrações de BAP (0,00; 2,22 e 4,44 μM) totalizando 18 tratamentos. Conforme os resultados foi possível observar que os tratamentos testados neste experimento não foram eficientes no estabelecimento in vitro de oliveira cv. Arbequina, entretanto a concentração de 2,22 μM de BAP e a concentração de hipoclorito de sódio 1 % cloro ativo, utilizada na desinfestação dos explantes, são ideais para o estabelecimento in vitro de oliveira cv. Koroneiki. O segundo experimento objetivou avaliar os efeitos de diferentes agentes antioxidantes no estabelecimento in vitro de oliveira cvs. Koroneiki e Arbequina. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2x3, sendo duas cultivares (Arbequina e Koroneiki) e três agentes antioxidantes (PVP; carvão ativado e ácido ascórbico), constituindo 6 tratamentos. Os resultados aos 21 dias após isolamento permitiram concluir que a cultivar Arbequina é menos susceptível a oxidação em comparação a Koroneiki e que o antioxidante ácido ascórbico na concentração de 1 g L-1 demonstrou-se eficiente no controle da oxidação de explantes de oliveira cvs. Arbequina e Koroneiki.
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